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Festival do Clube 2024

O novo cenário da creator economy

18.09.24

Quando se trata de creator economy, o Brasil é um dos grandes destaques no cenário global. De acordo com um relatório de macrotendências do setor da consultoria YouPix, com dados da Factworks for Meta, temos 20 milhões de criadores de conteúdo, de um total no mundo que supera os 300 milhões.

O Festival do Clube de Criação 2024, que acontecerá nos dias 12 e 13 de outubro, no Memorial da América Latina, em São Paulo, irá trazer uma mesa com perfis variados para discutir esse mercado em crescimento e com desafios múltiplos para marcas, influenciadores, agências e outros players que fazem parte dessa nova força da comunicação.

O painel “O quebra-cabeça da creator economy: falta grana, sobra influenciador, saúde mental, UGC, IA, pasteurização, responsabilidade, desinfluência”, marcado para o domingo (13), tem como mediadora Carolina Fernandes, CEO da Cubo Comunicação. A ela se juntam o psicanalista, professor e coautor de “O sujeito na era digital: ensaio sobre psicanálise, pandemia e história”, Leonardo Goldberg; a fundadora e CEO da Cortês, aceleradora de negócios, mentoria e curadoria especializada em creators negros, Egnalda Côrtes; o jornalista e CEO da Nine Comunicação, Rafael Ventura; a pesquisadora, jornalista e autora do livro "De blogueira a influenciadora", Issaaf Karhawi; e o músico e influenciador Lucas Lima.

Peça-chave na engrenagem da creator economy, o influenciador enfrenta algumas questões como a monetização. Não à toa, muitos deles têm migrado para plataformas nas quais podem comercializar com maior autonomia, buscando novos modelos de negócios.

O estudo “O impacto socioeconômico dos negócios digitais da creator economy no Brasil”, realizado pela FGV ECMI, em parceria com a plataforma digital Hotmart, aponta criação de produtos físicos e marcas próprias, programas de afiliados, assinaturas e pagamento por audiência - como o uso do Adsense – como alguns dos caminhos encontrados.

Por conta da possibilidade de, teoricamente, todo mundo poder ser um criador de conteúdo, a gente chegou em um desenho de mercado de certa saturação. Infelizmente, não há mais marcas para todo influenciador trabalhar. O famoso publi, que é o modelo tradicional de monetização e remuneração dos influenciadores digitais, está passando por um processo de reorganização”, afirma Issaaf.

Na visão de Lucas, a economia digital é uma oportunidade única de autonomia para quem tiver algum propósito ou conhecimento relevante a ser compartilhado. “Mais do que ver, eu tento viver a creator economy. É algo que se tornou responsável por grande parte da minha atuação profissional e mudou completamente minha vida. O que começou como uma diversão com postagens e brincadeiras com os ‘seguimores’ virou um trabalho sério e transformador, muito impactante financeiramente”, conta.

Como precificar

O mercado de influenciadores digitais deve dobrar de tamanho até 2027, chegando a movimentar US$ 480 bilhões, segundo um relatório do banco Goldman Sachs. O crescimento é atribuído a um maior investimento de marcas em publicidade digital e à monetização de plataformas de vídeos de curta duração, como o TikTok.

O Instagram ainda é a principal rede escolhida pelos influenciadores (70%), enquanto a rede de origem chinesa é a preferida de 10% deles, índice que vem aumentando constantemente, especialmente por ser uma das plataformas com maior retorno financeiro. Isso de acordo com o estudo “Dados e insights de Influencer Marketing no Brasil para 2024”, da plataforma Influency.me.

O trabalho traz outro ponto importante de reflexão: 23% dos influenciadores afirmam não saber precificar o próprio trabalho. Analisados os critérios aplicados, 13% se baseiam no total de seguidores; 7% em números aleatórios; 18% decidem de acordo com a marca interessada. Dos respondentes, 39% consideram as visualizações que o perfil alcança, um dos critérios que as marcas podem usar para avaliação do retorno do investimento (ROI).

O tema da monetização já foi abordado por Carolina Fernandes em episódios do seu podcast “A Tecla SAP do Marketês”. Ela comenta que não gosta de “por preço no trabalho de ninguém”. “Para quem não tem um parâmetro, é legal ter um norte do que é praticado no mercado”, diz.

Investimentos e retorno

Outro estudo que ajuda a entender o atual cenário do setor no Brasil é o “ROI & Influência 2024”, também do YouPix, realizado pela Nielsen. Das marcas entrevistadas, 3/5 pretendem aumentar o investimento total em marketing de influência. No entanto, o capital empregado este ano flutuou para patamares pré-pandêmicos, com maior concentração em budgets abaixo de R$ 1,5 milhão. Esse movimento, aponta o estudo, reflete a dificuldade de comprovação de resultados nas campanhas com influenciadores.

O caminho entre o criador saber cobrar e ter rentabilidade e as marcas comprovarem a efetividade dos seus investimentos passa pelas plataformas.É preciso falar sobre como elas são opacas em relação aos processos de monetização”, destaca Issaaf.

Como influenciador, Lima enfrenta outras dificuldades, especialmente de definir limites entre vida pessoal e profissional. “Isso toma outra proporção quando o assunto é ‘trabalhar com internet’. Sem contar com a parte prática pós-pandemia, em que se espera que a gente seja ‘a gente mesmo’, mas também produtor, diretor, roteirista, diretor de arte, montador

Ainda em relação a desafios, Issaaf ressalta a crise reputacional do mercado. Questões como ações antiéticas, influenciadores envolvidos na construção de ideais inalcançáveis e cultura do cancelamento vêm permeando esse debate, que este ano ganhou novos contornos, principalmente com a associação de influencers com sites de apostas e fraudes.

Não recomendar

Um contraponto no mercado é o que se chama de “desinfluência”, tendência nas mídias sociais para incentivar o consumo consciente ou quando um creator indica a seus seguidores que não comprem algo – seja por não verem um real benefício, seja porque entendem que há uma falsa promessa no produto ou serviço. Em 2023, a hashtag #deinfluencing alcançou mais de 1 bilhão de menções no TikTok.

Se eu não recebo daquela marca, posso trazer veracidade, fazer review de produto com detalhes que não falaria se estivesse recebendo. São pessoas cada vez mais ‘sinceronas”, explica Carolina.

O movimento da nova influência (sim, indicar para não consumir também é influenciar) precisa ser visto com atenção pelas marcas. Ele está próximo da ideia cada vez mais clara de que o criador de conteúdo precisa ser a mesma pessoa dentro e fora das telas. “Tanto marca quanto produtor de conteúdo têm de ver se os valores estão conectados com o seu propósito. Precisamos pensar em como trazer essa nova era dos influenciadores, com senso de comunidade”, acrescenta a mediadora do painel.

Logo no início da sua jornada como influenciador, Lucas Lima viveu uma experiência que o fez perceber a possibilidade de impacto da sua fala e a importância de usar a influência com responsabilidade.

Durante a pandemia, participei de uma live e expressei minha preocupação com o impacto no setor de café especial, que lida com grandes desafios e pouca reserva financeira. No dia seguinte, recebemos uma proposta da Nestlé para trabalhar com Nescafé, pois houve um aumento enorme na busca por café especial após a live”, lembra. “Compreendi que o que digo pode gerar ações significativas e, portanto, tento sempre ser cuidadoso com o que comunico”, completa.

Confira a programação completa da 12ª edição do Festival do Clube de Criação aqui.

 

Este ano, temos os seguintes patrocinadores e apoiadores:

Patrocínio Premium (ordem alfabética): GloboRecôncavo Company.

Patrocínio Master: Santeria.

Patrocínio (ordem alfabética): Barry Company, Café Royal, Halley Sound, Heineken, Jamute, Landscape, Lew’Lara\TBWA, Modernista, Mr. Pink Music, MugShot, MyMama Entertainment, Nós – Inteligência e inovação social, O2, Paranoid, Piloto, Purpple, União Brasileira de Compositores, Unblock Coffee e We.

Apoio (ordem alfabética): Artmont, Antfood, Audioink, Canal markket, Canja Audio Culture, Carbono Sound Lab, Ellah Filmes, Fuzzr, Mercuria, Monkey-land, Pachamama, Pródigo Filmes, Punch Audio, Sailor Studio, Soko (Droga5 São Paulo), Sondery, Tribbo, UOL e Vox Haus.

Sem estas empresas, NÃO haveria Festival.

Para você não esquecer: Já está à venda o ÚLTIMO LOTE de ingressos. Por conta do sucesso alcançado no ano anterior, neste lote adicionamos o Ingresso Solidário. Aproveite 15% de desconto em troca de 1kg de alimento não perecível, que deverá ser entregue no dia do evento. Adquira o seu por meio da plataforma Sympla. Garanta sua participação o quanto antes, clicando aqui. Agências, produtoras, anunciantes comprem também seu lote de ingressos o quanto antes: temos pacotes com 5% de desconto para cinco ingressos, 10% para 10 ou 15% de desconto para 15 ingressos, entre em contato com o Clube pelo e-mail clubedecriacao@clubedecriacao.com.br ou mensagem para o WhatsApp do Clube: 11 - 93704-2881.

Interessados em patrocinar o evento procurem o washington@clubedecriacao.com.br. Nos vemos no Memorial da América Latina nos dias 12 e 13 de outubro, sábado e domingo. Até lá.

Serviço:

12º Festival do Clube de Criação - 12 e 13 de outubro - sábado e domingo - das 8h30 às 22h

Ingressos estão à venda na plataforma da Sympla (aqui). Garanta o seu.

Dúvidas ou desejo de se associar? clubedecriacao@clubedecriacao.com.br ou Whatsapp do Clube: 11 - 93704-2881

Endereço Memorial: Av. Mário de Andrade, 664 - Barra Funda

Acesso pelo Metrô Barra Funda

Estacionamento no local

@ClubedeCriacao no Insta

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