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Na propaganda ou na vida, quem não quer rir?
Você já percebeu como cada vez mais os anunciantes estão usando humor em suas campanhas? Em uma era de abundância e sobrecarga de informação, as marcas que estarão à frente serão aquelas que souberem estabelecer uma conexão emocional mais profunda com seu público.
O humor surge como uma importante (e fundamental) válvula de escape, especialmente em tempos de notícias e perspectivas nem sempre positivas. Uma oportunidade, sem dúvida, para as marcas se diferenciarem em um mercado tão saturado e que compete sem cessar pela atenção do consumidor.
Nada de pensar que o mundo está chato (apesar de achar algumas vezes), mas toda vez que vejo algo leve e engraçado, seja na televisão, um post ou até mesmo ativação, penso: “ainda temos jeito!”.
Ou vai dizer que você não lembra de ter visto algo nessa linha, na última semana? Aposto que sim! 90% dos consumidores lembram mais facilmente de anúncios que os fazem rir, de acordo com o Global Hapiness Report, da Oracle.
A mais recente que vi foi a campanha de Snickers para o Halloween. Duvido que a reboladinha do zumbi não pegue você.
Neste contexto, marcas que usam este recurso acabam tendo 33% de mais chance de serem percebidas como “próximas” e “amigáveis” pelo público, apontou a Nilsen.
É como se aquele amigo ou conhecido chegasse para contar alguma história engraçada – que, por mais que você não caia na gargalhada, isso vai ter um impacto positivo. Seja para si ou como motivador para repasse no grupo da família no Whatsapp.
O humor é um dos principais impulsionadores do compartilhamento social. Uma pesquisa da Global Web Index reforçou que 69% dos usuários compartilham conteúdo online que consideram engraçado.
A fórmula parece simples: quanto maior a conexão, maior o impacto, maior a chance de engajamento e maior a chance da sua marca ser lembrada de uma maneira positiva pelo público.
Todo este cenário representa, para mim, uma oportunidade muito grande para as marcas se arriscarem mais. Tentar caminhos que até então poderiam ser considerados “arriscados” e até mesmo rir de si mesma.
É o caso de uma das campanhas mais premiadas de Cannes, este ano. Aliás, o próprio festival criou uma categoria específica para o humor como uma resposta ao aumento do uso de comédia nos anúncios.
CeraVe topou criar uma conspiração na internet para insinuar que a marca foi desenvolvida pelo ator Michael Cera. O lançamento do comercial aconteceu no Super Bowl e, antes mesmo de ir ao ar, o conteúdo já tinha gerado mais de 15 bilhões de impressões.
O humor provoca muito mais do que números, impacto nos negócios ou lembrança de marca.
É uma melhoria na saúde física (você sabia que estudos apontam que pessoas que se permitem rir frequentemente têm menor incidência de doenças cardiovasculares?), redução de estresse e promove conexões sociais.
E é justamente por (todos) esses motivos, que continuo valorizando marcas que topam seguir por esse caminho – e por acreditar que é na leveza e no riso que a gente consegue, de fato, contribuir para que o nosso dia se torne (pelo menos um tiquinho) melhor.
Vitor Pavarini, diretor de criação da PROS