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Vinil supera CD e indústria musical deixa cinema para trás
Somente nos EUA, as vendas de vinil devem render US$ 1 bilhão para as gravadoras em 2024. Isso significa que as receitas do vinil em breve ultrapassarão as dos CDs, e isso deverá ser replicado globalmente.
Essas revelações vêm de um novo relatório da Pivotal Economics, de autoria de Will Page, ex-economista-chefe do Spotify, que estuda o valor do negócio da música nos últimos dez anos.
Atualmente, o volume de vendas do vinil já excede o de CDs. De acordo com a Recording Industry Association of America, o público comprou 43 milhões de discos de vinil em 2023, o que é 6 milhões a mais do que o número de CDs vendidos no mesmo ano. Esta é, na verdade, a segunda vez que isso acontece desde 1987, segundo a associação.
Até agora, as vendas de vinil só não expandiram mais devido a restrições de fornecimento, segundo a Pivotal. Isso está mudando rapidamente, no entanto, com o relatório atribuindo isso à entrada de grandes players europeus, como Record Industry (Holanda), GZ (República Tcheca) e Pressing Business (Polônia) no negócio de fabricação de vinil. Sua maior capacidade de produção e processos de remessa internacional simplificados estão eliminando gargalos.
No entanto, o retorno do vinil é apenas uma pequena parte do ressurgimento mais amplo da indústria musical. A análise de Page também revela que o valor dos direitos autorais musicais e direitos de execução — os royalties gerados por vendas de discos, streaming, reproduções de rádio e apresentações ao vivo — quase dobrou de US$ 25 bilhões em 2014 para US$ 45,5 bilhões hoje.
Em contraste, a indústria cinematográfica, viu sua fortuna diminuir, com as receitas globais de bilheteria caindo de seu pico em 2019 de US$ 41,9 bilhões para US$ 33,2 bilhões atualmente.
O relatório também destaca que o streaming de áudio eclipsou o rádio e outras plataformas de transmissão como o principal gerador de receita. Há uma década, o rádio tradicional era responsável por mais de 50% da receita musical, em comparação com o share de apenas 5% do streaming naquela época.