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Fim de acordo

Nissan e Honda encerram negociação para montar gigante da indústria

13.02.25

Nissan e Honda anunciaram nesta quinta-feira, 13, que rescindiram um acordo prévio, comunicado em 23 de dezembro do ano passado, para a integração das duas empresas. Se as tratativas tivessem continuado até a conclusão do negócio, o movimento resultaria na terceira montadora do mundo.

Desde a assinatura de um memorando de entendimento (MOU), as equipes de gestão das duas companhias “discutiram e consideraram o ambiente de mercado circundante, os objetivos da integração de negócios e as estratégias e estruturas de gestão pós-integração”, informado comunicado.

A integração visava enfrentar, em conjunto, os desafios da indústria automotiva, especialmente em um cenário de transição para a eletrificação e para a era de veículos inteligentes. Contudo, divergências sobre a estrutura da fusão foram determinantes para a desistência.

A Honda sugeriu uma mudança no modelo proposto, passando de uma holding conjunta com governança compartilhada para uma estrutura em que a Honda se tornaria a controladora e a Nissan uma subsidiária, por meio de troca de ações. Essa proposta, somada ao consenso de que a fusão poderia comprometer a agilidade necessária em um mercado altamente competitivo e em rápida transformação, levou as companhias a encerrarem as tratativas.

As empresas concluíram que, para priorizar a velocidade da tomada de decisão e a execução de medidas de gestão em um ambiente de mercado cada vez mais volátil rumo à era da eletrificação, seria mais apropriado encerrar as discussões e rescindir o MOU”.

Apesar do fim das negociações de fusão, Nissan e Honda revelaram que vão colaborar dentro de um modelo de parceria estratégica. Essa cooperação será focada em tecnologias de veículos elétricos e inteligência, áreas que estão se tornando cruciais para o futuro da indústria.

Em 2024, a Honda registrou vendas globais de aproximadamente 3,75 milhões de veículos, leve redução em relação à projeção anterior de 3,8 milhões. Isso foi influenciado por um declínio nas vendas na China, onde a competição com fabricantes locais de veículos elétricos se intensificou.

A Nissan, por sua vez, comercializou cerca de 3,05 milhões de veículos nos primeiros 11 meses de 2024. Embora tenha havido um aumento nas vendas nos Estados Unidos, as da China diminuíram.

Se a fusão entre Honda e Nissan tivesse sido concretizada, a nova montadora teria um volume de vendas combinado de aproximadamente 6,8 milhões de veículos. A companhia resultante da integração das empresas ficaria atrás apenas de Toyota – a líder, com vendas de 10,8 milhões de carros em 2024 – e do Grupo Volkswagen (9,03 milhões de veículos vendidos no ano passado).

Fim de acordo

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