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Jurados elogiam voto aberto. Máximo rigor foi critério adotado
O processo de julgamento das peças inscritas no 33º Festival do Anuário do Clube de Criação de São Paulo foi encerrado neste sábado (10), no hotel WTC, em São Paulo.
Os cerca de 100 jurados, que fizeram a avaliação dos trabalhos desde a quarta-feira, 7 (leia aqui), elogiaram as mudanças dessa edição do Festival, entre elas as novas categorias incluídas no Anuário e a adoção do voto aberto, bem como toda a organização do processo de julgamento.
A volta do voto aberto, aliás, foi considerada um grande avanço no processo de seleção das peças, uma vez que abre espaço para o debate entre os membros dos diversos júris.
Uma das principais mudanças que a Chapa Quente se propôs a fazer foi em relação ao julgamento do Anuário. Trouxemos de volta o voto aberto. E, com ele, o saudável hábito da discussão. Acredito que, ao discutir os critérios de forma clara e honesta, estamos todos melhorando a qualidade da criação brasileira, avalia Marcello Serpa, presidente do Clube de Criação de São Paulo (CCSP) e sócio e diretor geral de criação da AlmapBBDO.
O processo de seleção foi mais rigoroso e buscou efetivamente valorizar os melhores trabalhos da propaganda brasileira. Este ano, apenas 6% das peças inscritas serão premiadas. Para efeito comparativo, no 32º Anuário, 8,5% receberam premiação e, no 31º, 10%. Teremos um anuário bem mais enxuto este ano, em que cada peça que entrar terá tido seu valor discutido e reconhecido pelos melhores profissionais do mercado, declara Serpa.
Até mesmo para inscrever os trabalhos, o cuidado das agências foi maior, segundo percepção de Eugênio Mohallem, jurado na categoria TV, vice-presidente do CCSP e sócio e diretor de criação da Mohallem Meirelles. Achei que melhorou muito, a começar pelas inscrições: muita gente pensou duas vezes antes de mandar peças sem chance alguma. Também vi poucas peças suspeitas de serem fantasmas. Pelo menos na categoria TV, as agências respeitaram o compromisso de só inscrever trabalhos reais (embora algumas versões diferentes das que vi na TV tenham sido inscritas, o que não deveria ter acontecido), observa o publicitário.
Mohallem concorda com a importância do voto aberto no processo de julgamento. Na segunda fase, a das votações abertas, achei o nível das discussões muito bom, franco e a favor da nossa propaganda. Acho que avançamos, completa.
A evolução e o amadurecimento do julgamento possibilitados pelo diálogo resultante do voto aberto são perceptíveis também aos olhos de Luiz Sanches, diretor de criação da AlmapBBDO e coordenador do júri de Print. A sensação de todos é de que a postura do júri foi louvável. Não houve politicagem, mas a busca pelas melhores idéias, defende. Tanto é que este Anuário será um dos mais finos ou o mais fino da história, refletindo exatamente a busca por um bom trabalho. O que era mediano não entrou. Das seis medalhas que podíamos dar em Print, por exemplo, só foram concedidas três, adianta.
Para Sanches, esse Anuário marca a volta dos velhos tempos, em que as agências ficavam felizes em emplacar uma peça, quanto mais uma campanha. O diretor de criação destaca ainda que o voto aberto e a discussão em busca das melhores idéias é algo que acontece internacionalmente, em outros Anuários e festivais ao redor do mundo.
Rodolfo Vanni, sócio e diretor da Cia de Cinema, foi jurado na categoria técnica TV (fotografia, direção, montagem, trilha e direção de arte). Considero muito importante a inclusão de novas categorias, para analisarmos as peças sob outras óticas, sublinha Vanni.
Um dos pontos salientados pelo diretor no julgamento de sua categoria é o fato de que quando o filme tem boa fotografia, geralmente a direção de arte acompanha o padrão de qualidade. Houve apenas uns dois ou três casos de destaque para fotografia somente ou só para direção de arte. Os outros trabalhos avaliados, que foram considerados bons, eram realmente bons em tudo, incluindo aí roteiro, trilha etc, considera.
Sobre sua experiência como jurado do 33º Anuário, o diretor comenta: Foi maravilhoso participar do júri. Tudo muito produtivo, prático e fácil para realizar o trabalho. A organização foi perfeita, enfatiza. Adorei participar, completa.
Jurado da categoria Campanha Integrada, Jaques Lewkowicz, CCO da Lew´LaraTBWA, também elogia. "Fiquei orgulhoso de participar como jurado deste Anuário. Acho que foi um dos melhores e mais bem organizados, aposta. Lewkowicz conclui enfatizando a importância do Festival para o mercado publicitário. Espero que este Anuário recupere o respeito para com nosso ofício".