Cannes Lions 2019

A categoria Sustainable Development Goals conferiu o Grand Prix para uma ação que conta com o apoio da ONU. É o projeto “The Lion’s Share”, da Mars para Clemenger BBDO, de Melbourne, com a produtora Finch. Lançada há cerca de um ano, a iniciativa envolveu um programa de desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP) para que o mercado de comunicação contribua com 0,5% de seu investimento em mídia a cada campanha que tiver uso de animais em suas peças. Esse montante passa a fazer parte de um fundo destinado à proteção da vida selvagem ao redor do mundo, dinheiro que será gerido e cuja destinação será determinada por esse braço da ONU.

“A Mars encabeçou esse projeto que arrecadou dinheiro para ações na África”, relata Átila Francucci (Nova S/B), jurado brasileiro na categoria. Para ele, a palavra “goal” é essencial. Porque é preciso que as ações ganhem corpo e atinjam um resultado, um objetivo. No caso da iniciativa da Mars, ela já conquistou apoio de outras marcas. “O mérito das ações é poder ser replicado. São ideias que podem ser ‘doadas’ em nome das causas”, completa Átila.

Sobre o desempenho do Brasil, ele conta que as duas campanhas laureadas com Bronze - “Next Minute Law”, da VMLY&R para o Ministério Público e Abap, e “Accessibility Mat”, da GTB Brasil para Ford - não estavam entre os trabalhos premiados. Uma questão era saber se o protótipo da Ford (peça que se transforma em rampa para cadeirantes) estava distante de virar realidade. Os integrantes do júri ligaram para a agência e para a montadora para saber disso. A resposta é que o produto será disponibilizado no mercado no segundo semestre.

Para a campanha da VMLY&R foi necessário explicar que a ação tem caráter educativo, auxiliando mulheres vítimas de estupro. E isso envolveu a mídia de massa e uma instituição pública. A defesa do case rendeu mais um Bronze para o Brasil (leia aqui sobre os Leões brasileiros na categoria).

Leia tudo sobre Cannes aqui.

#ClubeemCannes
#ClubeemCannes2019
#ClubeNinja