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'Raciocinem comigo: vamos supor que o contrato com o Zeca já tivesse acabado e que tudo que está acontecendo...
...acontecesse da mesma forma, ou seja, que o Zeca (já sem vínculo contratual com a Nova Schin) fosse resgatado pelo Nizan, após ter traído publicamente sua marca do peito, e viesse a público dizer que sua traição foi apenas uma 'fraqueza', um 'lapso de bolso e não de goela', uma 'tentação momentânea', um 'escorregão' provocado pelos
40°C diários, na testa, ou um 'amor de verão', como queira. Pois bem, vamos então raciocinar, repito, tirando os problemas éticos relativos à vigência do contrato entre Zeca e Schin. Vamos raciocinar como um consumidor-simples-mortal, que nem faz idéia da existência das entidades Contrato, Nizan e Fischer. O que te parece levar um puta chifre na testa, com direito à veiculação em rede nacional, e depois ouvir esse nhé-nhé-nhé de que foi amor de verão, esse bi-bi-bi que embala um pedido de perdão? O cara é feio, deve ter um bafo do cão, é o mais puro reflexo da malandragem (boa, tudo bem, mas malandragem), te traiu por dinheiro (afinal, a 'outra' não é mais gostosa do que você) e ainda vem tocar um pagode na sua orelha (por melhor que seja esse pagode - que é bom pra cacete) -, pra dizer que quer voltar pros seus braços, agora que o verãozão acabou!?!?! Quem perdoa? No nosso mundinho publicitário, o comercial pode estar com a maior pinta de vencedor, apesar da 'metodologia empresarial' pouco usual e recomendável, utilizada nos bastidores de sua feitura. Ele é, de fato, super bem produzido e está causando o maior barulho e polêmica entre os (de)formadores de opinião das madison avenues brasileiras. Mas será que os simples-mortais-consumidores estão recebendo o Zeca com sua Brahma, de braços e coração abertos? Será que está puta bala que será gasta (investida?) pela até outro dia Ambev vai trazer um retorno satisfatório? Será que o feitiço não vira contra os feiticeiros? Ontem, em um bar tipo bilhar, no coração da Zona Norte carioca, entre consumidores (e consumidoRAS) fervorosos de Brahma (e olha que aqui no Rio só dá Skol), ouvi o seguinte: 'queremos mais é que ele se exploda'. Antes, apesar da traição, não havia esse 'bode' em relação ao cara. Ele é (era?) querido, adora surpeender, e até trouxe a vontade de experimentar a então nova Schin. E não há como negar: cada um deu sua experimentadinha e ponto. Mas agora, com esse papo de voltar atrás e pedir perdão, neguinho tá olhando torto-total. E não só para o Zeca, mas também para a Brahma, porta-voz desse nhé-nhé-nhé que não convence machos nem fêmeas. 'Zeca se revelou um interesseiro de marca maior'. 'Tá chamando todo mundo de bobo'. 'Ô cara se vendeu mermo mêirmão, e agora sóóóó pensa em grana'. Essas são algumas das frases que ouvi. E concordo: por mim o Zeca vai choramingar em outra freguesia. Tudo bem que ninguém bebeu outra marca, mas que o episódio deu um gosto amargo ao copo de Brahma, isso deu. Apesar dos bastidores (anti) éticos, que tornam a realização do comercial discutível, o filme explicita uma prática (anti) ética, diretamente ligada à figura de quem o protagoniza: Zeca Pacodinho. E à imagem do cara, agora, são relacionados os ingredientes Grana+Ganância+Traição, que não estão caindo bem no paladar dos consumidores e dos não consumidores de Brahma, com ou sem carteirinha. Escrevi para o Clubeonline por que gostaria de saber que outras percepções estão rolando por aí". Obrigado pela atenção
abraços com baixíssimo teor alcoólico
Marcus Sá
Rio de Janeiro
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