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Tempo é + importante que dinheiro, diz estudo global da McCann
O estudo global A verdade sobre a riqueza, da McCann Truth Central - divisão de pesquisas da rede de agências de publicidade McCann - concluiu que "tempo é mais importante que dinheiro", na visão de pessoas que fazem parte das classes altas.
A pesquisa online foi realizada com 4 mil pessoas, em 21 cidades de 16 países, em seis continentes. No Brasil, foram pesquisados moradores das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Na América Latina, além do país, foram incluídos na iniciativa Argentina, Colômbia e México.
Soma-se à investigação quantitativa uma análise qualitativa, realizada na forma de reuniões sociais em residências de indivíduos de alta renda.
A definição de riqueza utilizada variou de acordo com o índice de poder aquisitivo de cada país, porém sempre dentro do espectro dos 20% mais ricos, segundo os critérios de renda familiar local. No caso do Brasil, foi considerado rico o indivíduo que tem renda familiar anual a partir de R$ 117 mil ou patrimônio acima de R$ 1,5 milhão.
Acabamos descobrindo que tempo é mais importante que dinheiro, e que o que as pessoas com alto poder aquisitivo querem despender esse recurso valioso com suas famílias e entes queridos, afirma Laura Simpson, diretora global do McCann Truth Central.
Para serem bem sucedidas, as marcas têm que desenvolver uma compreensão mais moderna das sutilezas em relação a riqueza, e devem resistir ao impulso de confiar apenas nos óbvios indícios visuais.
O estudo identificou ainda quatro diferentes perfis de comportamento: Country Club, Harvard Club, Fight Club e Culture Club.
Os membros do Country Club têm, de acordo com a pesquisa, uma visão tradicional da riqueza, creditando-a a elitismo e a ter assistentes pessoais, assento em conselhos e associação a clubes exclusivos: 45% dos norte-americanos se encaixam nesta classificação.
A maioria do "Harvard Club" se considera rico e credita sua riqueza a características intrínsecas, como talento e criatividade, em oposição a paixão e trabalho duro: 47% dos asiáticos pertencem a esse grupo.
Os "Fight Club" são os mais em dúvida sobre sua riqueza, não se preocupam em regredir na escala social e odeiam quando as pessoas falam sobre dinheiro. Eles trocariam facilmente dinheiro por tempo para fazer o que desejam: 51% dos europeus se enquadram nessa categoria.
Já os "Culture Club" creem que sua riqueza lhes permite ser cultos, educados e viajados. Como eles não enfatizam os bens materiais como critério de riqueza, são os mais propensos a se julgar ricos: 53% dos latino-americanos são membros deste clube.
Sobre a origem do seu alto padrão de vida, os respondentes atribuem ao "trabalho duro", em primeiro lugar (51% no mundo e 35% no Brasil), seguido de boa edução (32% mundo e Brasil) e paixão (29% mundo e 25% Brasil).
De acordo com o estudo, o retrato de pessoas ricas envolvidas em atividades marcadas pela ostentação está fora de moda. As novas regras para engajar esse perfil consumidor são, segundo a pesquisa: reconhecer que o tempo se sobrepõe ao dinheiro, aperfeiçoar seu radar de riqueza e ter linguagem e perspectivas mais globais.