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Pastore fala sobre o 'direito de comunicar'
Durante almoço da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade), o atual presidente da entidade, Dalton Pastore, disse que, na sua avaliação, a maior preocupação hoje do mercado publicitário está naquilo que chama de "riscos do direito de comunicar".
"Hoje, nossa maior ameaça é ao direito de comunicar, e há ONGs 'politicamente corretas' que tentam podar esse direito", disse. "Nós, da Abap, já afirmamos que repudiamos a censura à publicidade, inclusive aquelas bem-intencionadas. Hoje, já duvido que existam ações bem-intencionadas nessa área", afirmou.
Pastore se posicionou contra os argumentos de algumas organizações sociais, que apontam a propaganda como geradora de desejo de consumo e consequentemente de frustração das pessoas que não têm condições sociais para comprar.
"A publicidade tem, sim, que motivar a população, desde criança, a ter desejo de consumo, faz parte da nossa sociedade", defendeu. "Não somos uma sociedade de casta, o filho do operário um dia pode virar banqueiro, ele precisa de incentivo".
Pastore também observou que todas as vezes que uma minoria se julgou no direito de decidir o que a maioria deveria ver ou ouvir, a sociedade se deu mal, como no nazismo ou nas ditaduras, por exemplo. "Um grupo que se julga superior não pode decidir o que a população deve ou não assistir. A população deve decidir por si só", defendeu.
"Não estou dizendo que propaganda não precisa de limites. Precisa sim, e acho isso já há 30 anos. É exatamente por isso que o setor criou o Conar, a auto-regulamentação. Que eu saiba, somos o único setor da economia que se auto-regulamenta", concluiu.
Leia anterior sobre assunto aqui.
Comentários
Ari Dias - Concordo plenamento com Dalton Pastore. Já estava na hora de nossas entidades se manifestarem contra absurdos, difarçados de "politicamente correto". O patrulhamento contra nossa atividade precisa ser combatidade, pelo bem da própria comunicação.