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Academia LED

Globo aproxima Jornalismo das universidades

09.04.25

Em uma iniciativa que procura fortalecer o diálogo com faculdades, estudantes de comunicação e mídia e professores, a Globo lançou nesta quarta-feira, 9, em parceria com o Movimento LED (Luz na Educação), a Academia LED - Jornalismo Globo na Universidade. O projeto visa transmitir as melhores práticas do setor e incentivar ideias criativas dos futuros profissionais da área na construção de pautas de interesse público. Neste ano, o foco está na crise climática.

Para o lançamento, foi organizada uma aula aberta no anfiteatro Camargo Guarnieri, na USP, em que os “professores” foram Renata Lo Prete, Maju Coutinho e César Tralli. A Academia LED terá uma série de ações ao longo do ano.

No Rio de Janeiro, a aula será ministrada na sexta-feira, 11, na Pontíficia Universidade Católica (PUC-Rio), com a presença de Mariana Gross, Pedro Bassan e Nilson Klava. As inscrições já estão esgotadas.

No evento da USP também foi apresentado um edital que oferece a estudantes de Jornalismo, Comunicação ou Mídia a chance de desenvolverem uma reportagem investigativa, com o apoio dos profissionais da casa, a respeito do tema desta primeira edição do projeto, a crise climática.

Serão selecionados cinco estudantes, que farão uma imersão de uma semana na emissora, conhecendo o dia a dia do Jornalismo. Eles terão mentorias e vão participar do Festival LED, em junho. Também terão seus trabalhos publicados em uma das plataformas do grupo. Cada um dos cinco vencedores terá o aporte de R$ 10 mil para produzir a reportagem.

Lições do jornalismo da Globo

Na aula aberta, Renata, Maju e César contaram o início da carreira, apresentaram trabalhos que destacaram e deram dicas para que os estudantes se preparem para um futuro cheio de desafios, como a Inteligência Artificial, tema que Renata abordou em uma de suas falas (confira vídeo no perfil do Clube no Instagram).

Entre as “lições de jornalismo” dadas pelo trio estão: preparo e prontidão (que significa que a pauta pode mudar em função dos acontecimentos mais recentes), o repórter tem de estar no local dos fatos (ou seja, precisa sentir mais o que acontece nas ruas e exercer a escuta) e olhar para “onde ninguém está olhando”.

Eles ressaltaram ainda a importância de se combater as fake news. Maju até lembrou de um tempo em que não se falava de “desmentidos” na TV e que hoje esse é um trabalho essencial. E Renata, ao comentar o desafio da IA, ressaltou que é fundamental abraçar as mudanças e estudar tudo o que for possível nesse campo, já que a tecnologia irá mesmo impactar modelos de negócios.

As reportagens que eles mostraram foram: a cobertura da eleição presidencial dos EUA (escolha de Renata), dez anos do acidente na usina de Chernobyl (reportagem feita por Tralli em 1996, com 25 anos) e uma viagem pelo Quênia e por Gana, com um olhar positivo (trabalho de Maju).

Paulo Artaxo em coletiva

Em seguida, os três participaram de uma entrevista coletiva com Paulo Artaxo, professor de física atmosférica da USP e coordenador do Centro de Estudos Amazônia Sustentável. Foram abordados a COP 30 (que acontece em novembro, em Belém), transição energética e os recentes movimentos do governo Trump que vai afetar a luta global contra a crise climática. “Já falamos que ela está aí e as pessoas já sabem. Agora é preciso comunicar que cada escolha deve levar em consideração o impacto sobre o clima”, ensinou o professor.

Quem comandou o evento foi Fátima Baptista, gerente de inovação e projetos especiais do Jornalismo da Globo. Antes da aula aberta, estiveram no palco Clotilde Perez, diretora da ECA; Viridiana Bertolini, gerente de Valor Social da Globo; Aluísio Segurado, pró-reitor de graduação da USP; Ricardo Vilela, diretor de jornalismo da TV; e Carlos Carlotti Jr, reitor da USP.

Ricardo disse que no ano passado foi criada a Academia do Jornalismo, um projeto interno em que os melhores talentos da casa compartilharam experiências com os demais profissionais da empresa. Hoje, a Globo conta com um time de 1.400 jornalistas. Essas aulas podem ser vistas pelo Globoplay.

Viridiana afirmou que a Globo está comprometida com a educação desde o tempo do Telecurso. Ela observou que o movimento LED surgiu em 2021. Neste ano, com a Academia LED, Viridiana afirmou que o lançamento reforça a crença de que só se transforma o país pela educação.

Clube de Criação 50 Anos

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