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Justiça dos EUA propõe que o Google venda o Chrome
Em um caso antitruste, o Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA e alguns estados pediram a um tribunal federal na noite desta quarta-feira, 20, que considere propor ao Google a venda do navegador Chrome, o mais usado do mundo. A proposta é uma maneira de diminuir o “poder monopolista” da companhia. Se a medida for acatada, ela pode alterar fundamentalmente os negócios da big tech, avaliada em US$ 2 trilhões.
O pedido segue uma decisão do juiz Amit Mehta do Tribunal Distrital de Columbia que, em agosto, determinou que o Google havia mantido ilegalmente um monopólio nas buscas online.
Além da venda do Chrome, o governo dos EUA pediu ao juiz Mehta para dar à companhia a escolha de vender o Android (sistema operacional para smartphones) ou proibir o Google de tornar seus serviços obrigatórios em telefones equipados com o Android.
O DOJ também quer barrar acordos que garantem ao Google ser o mecanismo de busca padrão em dispositivos e navegadores. Em 2021, segundo o NY Times, a big tech pagou US$ 26,3 bilhões para assegurar esses contratos.
Há mais medidas recomendadas pela Justiça dos EUA, como a exigência de que o Google permita que motores de busca concorrentes acessem seus resultados e dados por um período de 10 anos. E que editores de conteúdo tenham o direito de impedir que seu material seja usado para treinar modelos de IA do Google.
Kent Walker, presidente de global affairs e Chief Legal Officer do Google e Alphabet, declarou, no blog oficial da empresa, que "o DOJ escolheu promover uma agenda intervencionista radical que prejudicaria os norte-americanos e a liderança tecnológica nos Estados Unidos. A proposta extremamente ampla do DOJ vai muito além da decisão do Tribunal. Ela quebraria uma série de produtos do Google".
A big tech tem até 20 de dezembro para apresentar suas sugestões para resolver o caso. Uma decisão final deve sair em maio de 2025.