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Acusada de racismo

Prefeitura de Salvador remove escultura da Ypê

07.12.23

A Prefeitura de Salvador removeu uma escultura da marca Ypê, em região nobre de Salvador (BA), depois que a peça recebeu críticas e acusações de racismo. A obra trazia a representação de uma mão negra segurando um produto de limpeza. 

Nesta terça-feira (5), a professora Bárbara Carine, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), argumentou que a escultura reforça o "estereótipo escravagista de manutenção de pessoas negras em espaços subalternizados socialmente", em vídeo publicado no Instagram, intitulado "A mão invisível do racismo" (assista aqui). No texto que acompanha o post, a intelectual escreveu: "O lápis cor da pele não pode ser da nossa cor… mas a cor da pele da faxineira tem que ser a nossa né???".

A Química Amparo, dona da marca Ypê, manifestou-se, em nota, destacando que "repudia qualquer tipo de manifestação preconceituosa e racista" e que a escultura remete ao "icônico personagem norte-americano Mãozinha, de 'A Família Addams', baseado no filme dos anos 1990", que aparece em comerciais de campanha recente criada pela DPZ para a marca (leia e veja aqui). No entanto, nos filmes, a Mãozinha é branca. A companhia informou que anteriormente realizou exposições da escultura (já encerradas) em São Paulo e Campinas, usando a mesma cor da peça de Salvador.

Ypê destacou ainda que a escultura e todas as demais reproduções da Mãozinha "obedeceram aos padrões técnicosestabelecidos pela organização Instituto Addams, que detém os direitos autorais do personagem.

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Salvador informou em nota "repudiar estereótipos racistas" e trabalhar "pelo combate à discriminação e pela construção de políticas públicas voltadas para a igualdade racial".

 

Acusada de racismo

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