Adeus a Maradona

Quando Diego Maradona completou 60 anos, em 30 de outubro, Washington Olivetto ligou para ele. Ambos se conheciam há tempos. Eram amigos. Washington tem em seu apartamento no Rio uma camiseta da seleção argentina assinada pelo craque: “do dez do futebol para o dez da publicidade”.

“Fiquei muito orgulhoso de ter falado com ele pelo aniversário. Comentei com meus filhos. Essa é uma perda avassaladora”, afirmou, deixando claro o quanto está triste pela morte do ex-jogador, na manhã desta quarta-feira, 25. “Era uma figura notável, um homem excepcional. Nunca fez nada de ruim para ninguém, exceto para ele”, comentou.

Washington contou que Maradona gostava de publicidade e o conhecia por causa disso. O ex-camisa 10 da Argentina fez dezenas de campanhas (veja algumas delas aqui).

No programa Esporte Espetacular, da Globo, que marcou os 60 anos de Maradona, o criativo brasileiro afirmou que ele misturava o jogador de futebol com o ídolo pop, sendo pioneiro nessa configuração que hoje é tão vista entre estrelas como Cristiano Ronaldo. E isso em uma época em que não havia redes sociais.

Apreciador de futebol, Washington comentou que Maradona era um super atleta. “Ele teve esse defeito de não jogar no Corinthians, mas foi tão bom e tão maravilhoso que parece até que jogou no Corinthians”.

Sobre o episódio da Mão de Deus - relativo a um dos gols feitos na partida contra a Inglaterra na Copa do México de 1986 -, ele declarou que, sim, Maradona estava tão perto do divino que uma igreja dedicada a ele surgiu, a Igreja Maradônica. “Na verdade, ele inventou outro tipo de Deus, quando jogou no Napoli”.

Atento ao noticiário, que deu amplo espaço a Maradona, disse que já estava com muita saudade do amigo. “Viu o que Messi disse dele?”, perguntou. O atleta que ainda se encontra no Barcelona escreveu no Instagram: “Um dia muito triste para todos os argentinos e para o futebol. Nos deixa, mas não se vai, porque Diego é eterno”.

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