arrow_backVoltar

Agressão sexual

Nike teria rompido com Neymar por 'falta de cooperação'

28.05.21

A Nike confirmou nesta sexta-feira (28) que rompeu contrato em 2020 com o jogador de futebol Neymar porque ele se recusou a cooperar com uma investigação de agressão sexual, depois de ter sido acusado por uma funcionária da companhia.

A fabricante de roupas esportivas informou, em nota à CNN, que o atleta não quis "cooperar de boa-fé com uma investigação de alegações críveis de irregularidades feitas por uma funcionária". O comunicado da Nike foi divulgado depois que o The Wall Street Journal publicou, na noite da quinta-feira (27), matéria sobre o caso (leia aqui).

Até então, o anunciante não havia se posicionado sobre o encerramento do contrato, que tinha duração de 15 anos, mas apenas sete deles tinham sido cumpridos até 2020, quando o acordo foi desfeito.

Também na nota, a Nike revelou que o caso foi relatado à empresa oficialmente em 2018, em fórum interno, mas começou a ser investigado a partir de 2019, em respeito ao pedido da profissional envolvida, segundo a empresa. "Apesar de estar preparada e pronta para investigar naquele momento, a Nike respeitou o desejo inicial da funcionária de manter o assunto em sigilo e evitar uma investigação", alegou a gigante de artigos esportivos. "Em 2019, quando a funcionária posteriormente manifestou interesse em prosseguir com o assunto, agimos imediatamente", garantiu a companhia.

Neymar nega as acusações. Segundo o atleta, o acordo com a Nike foi finalizado por "razões comerciais, que têm sido discutidas desde 2019, não relacionadas em nada a estes fatos reportados". A assessoria do jogador acrescenta que ele se "defenderá vigorosamente, caso qualquer alegação seja apresentada, o que não aconteceu até então".

Desde setembro de 2020, Neymar tem contrato de patrocínio com a Puma.

No comunicado da Nike, a companhia também admitiu que a "investigação foi inconclusiva". "Nenhum conjunto de fatos emergiu que nos permitiria falar substantivamente sobre o assunto. Não seria apropriado para a Nike fazer uma declaração acusatória sem ser capaz de fornecer os fatos de apoio", revelou o texto. "Continuamos a respeitar a confidencialidade da funcionária e também reconhecemos que esta tem sido uma experiência longa e difícil para ela".

Com informações do The Wall Street Journal e CNN.

Agressão sexual

/