Acesso exclusivo para sócios corporativos
Ainda não é Sócio do Clube de Criação? Associe-se agora!
Acesso exclusivo para sócios corporativos
Ainda não é Sócio do Clube de Criação? Associe-se agora!
Filme de VR oferece experiência imersiva pela floresta
Encomendado pelo braço brasileiro da Iniciativa Inter-religiosa Pelas Florestas Tropicais (IRI), uma aliança internacional, o filme “Amazônia Viva”, de Estevão Ciavatta, fez sua estreia no Rio Innovation Week, que se encerra nesta sexta-feira, 11. Esse é o primeiro trabalho do cineasta com base em tecnologias de realidade virtual. Com duração de nove minutos, a produção procura desvendar o bioma mais importante do planeta e conscientizar a população sobre a importância da região e sua preservação.
“Amazônia Viva” é uma experiência imersiva pela região do rio Tapajós, que utiliza filmagens em 360º de forma a aproximar a floresta cada vez mais das pessoas. A produção é da Pindorama Filmes, com financiamento do Instituto Clima e Sociedade.
“Se o cinema e a TV já têm o poder de nos levar para outra realidade, a tecnologia virtual proporciona o nosso encontro com a exuberância e a grandiosidade da floresta. É uma experiência única, muito transformadora e espero que esse trabalho contribua para que as pessoas entendam a riqueza, a dimensão e o quanto é necessário proteger aquele ambiente”, declarou o diretor, que também assina o roteiro.
Depois da Rio Innovation Week, “Amazônia Viva” estará presente no Festival de Cinema e Cultura Indígena, em Brasília, entre 2 e 11 de dezembro. Em maio de 2023, a produção irá desembarcar no Rio2C, no Rio de Janeiro. De acordo com Ciavatta, no ano que vem, a ideia é disponibilizar o título no YouTube para que todos possam assistir ao filme.
A produção será uma das principais ferramentas que a IRI Brasil adotará em seus programas de sensibilização, formação e engajamento de lideranças e comunidades religiosas. “Precisamos criar oportunidades para que as pessoas conheçam um pouco da floresta amazônica e possam se maravilhar com sua beleza, compreender melhor sua complexidade, ameaças e a gigantesca importância ambiental, social, cultural e econômica que ela tem para o Brasil e para o planeta”, afirmou Carlos Vicente, facilitador nacional da IRI no país.
Segundo ele, a valorização da Amazônia é passo fundamental para que as pessoas exerçam maior influência sobre a atuação dos governantes, legisladores e empresários, “com a finalidade de parar o absurdo processo de destruição que vem ocorrendo e para que se ponha fim ao ambiente de violência na região e à violação dos direitos dos povos indígenas, quilombolas e comunidades locais”.
Vicente apontou ainda que visitar a Amazônia é uma possibilidade fora do alcance da maioria dos brasileiros. No entanto, o uso inteligente da tecnologia e da arte pode gerar uma experiência transformadora de contato com a floresta, sua biodiversidade e os povos originários.
Sensações
No filme, a cacica Raquel Tupinambá, da comunidade de Surucuá, guia o espectador durante a viagem virtual. No trajeto, o público terá a sensação de estar fisicamente na região; vai ouvir os sons da floresta – o cantar dos pássaros, o balançar das folhas, o movimento das águas do rio – e desfrutará de todas as sensações que uma experiência 3D pode proporcionar. Desse modo, poderá se envolver e se conscientizar da necessidade de propor e apoiar soluções para ajudar a conter a crise climática e a devastação da Amazônia. Veja aqui como as pessoas reagiram à experiência no Rio Innovation Week.
“Ao vivenciar a região, todos se conscientizarão que pertencem ao espaço, que é preciso manter a floresta viva e que ela se integra com os povos e a cultura. Somente com a proximidade nascerá o entendimento de que a conservação não pode ser apenas das florestas, mas também dos povos, principalmente os indígenas”, disse Raquel. Ela contou que aceitou participar do projeto para integrar a causa de preservação e também porque olha a população que está sendo impactada pelas consequências de quem não deseja conservar a floresta viva.
Tecnologia
Especializado na criação, produção e distribuição de vídeos 360º e 3D, o Studio KwO XR se encarregou da qualidade tecnológica compatível com a visão e o roteiro de Ciavatta, tendo o cenário da floresta nacional do Tapajós como protagonista. “Tivemos o papel de expandir a visão do diretor e levá-la à adaptação da linguagem da realidade virtual. Levamos essa visão realmente ao limite para fazer algo bem complexo e especial para que o público pudesse conhecer conteúdos aos quais normalmente não teria acesso nas grandes cidades”, explicou Nelson Porto, um dos sócios do estúdio.