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AmBev

Abrabe vai à SDE contra o 'litrão'

21.08.09

A Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) ingressou, nesta quinta-feira (20), com pedido de abertura de investigação na Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça contra a garrafa de 1 litro da AmBev.


O problema, segundo a entidade, é que a garrafa vem com a marca da AmBev e não pode ser trocada por outras, de marcas concorrentes.


A Abrabe acredita que, por causa disso, os pontos de venda poderiam se tornar fiéis às marcas da AmBev, em prejuízo das demais.


No pedido feito à SDE, a Abrabe usou fotografias de pontos de venda no Rio de Janeiro, onde a nova garrafa estaria sendo fornecida de graça.


As fotos contêm cartazes de promoções da Skol, nos quais o casco de 1 litro seria concedido como brinde.


A entidade diz que o "litrão" da AmBev está sendo distribuído com maior força nas periferias de São Paulo e de Porto Alegre.


A AmBev defende o lançamento do "litrão" por considerá-lo um produto novo.


Para a companhia, essa garrafa é diferente de outra, de 630 ml, que também foi objeto de reclamação da Abrabe. No caso da garrafa de 630 ml, a Abrabe contestou o fato de essa garrafa se confundir com as outras, de 600 ml, e dificultar o trabalho de separação pelos pontos de venda, o que aumentaria os custos desses pontos.


No caso do "litrão", a AmBev diz que é impossível confundi-lo com outras garrafas e, portanto, os pontos não teriam esse custo. Para a companhia, o "litrão" estaria dentro da liberdade que ela tem de lançar produtos no mercado.


Mas, para a Abrabe, há o risco de os pontos trocarem as garrafas de 600 ml pelo "litrão". Por isso, a entidade pediu à SDE que proíba a companhia de utilizar garrafas que não possam ser trocadas pelas marcas concorrentes.


A Abrabe pediu ainda que a AmBev seja obrigada a informar previamente a respeito de eventuais alterações em suas garrafas e requereu, por fim, a condenação da companhia por supostos prejuízos à concorrência.


A SDE vai abrir prazo para ouvir a AmBev antes de tomar qualquer atitude a respeito desse novo pedido de investigação.

As informações são do Valor Econômico.


Leia anterior sobre assunto aqui.

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