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Morte e Vida Severina é aguardado
Apesar de contabilizar 77 produções brasileiras em seu cardápio de 421 filmes de 44 países, o 19º Anima Mundi, não exibirá um longa-metragem nacional sequer em sua programação, pelo segundo ano consecutivo.
Projetos esperados como "Fuga em ré menor para Kraunus e Pletskaya" (antes chamado "Até que a Sbórnia nos separe"), de Otto Guerra, "Minhocas", um filme em stop-motion de Paolo Conti e Arthur Nunes, e "A floresta é nossa", continuação de "Brichos" (2006), não ficaram prontos para integrar a maratona.
Há ao menos outros sete projetos animados com mais de 65 minutos de duração no forno, mas o único com data de estreia divulgada - setembro deste ano - é "Lutas", de Luiz Bolognesi.
Da seleção made in Brasil do Anima Mundi 2011, o título de maior duração é uma adaptação de 55 minutos de um patrimônio da poesia brasileira: "Morte e vida severina". Desenvolvido em computação gráfica, em preto e branco, com referências à xilogravura nordestina, o média-metragem é uma produção meio pernambucana, meio brasiliense, dirigida por Afonso Serpa, que transpõe para o desenho animado os versos de João Cabral de Melo Neto (1920-1999).
Candidato a cult por sua experimentação plástica, "Morte e vida severina" tem como base as ilustrações do cartunista Miguel Falcão para uma história em quadrinhos editada na década passada.
Gero Camilo foi convocado para dublar Severino, personagem-símbolo da luta pela sobrevivência numa terra marcada por seca e pobreza. Usando a graphic novel de Falcão como argamassa, a produção, surgida como encomenda do Programa TV Escola e da Fundação Joaquim Nabuco, está chegando em DVD às livrarias, em edição casada com a HQ na qual se baseia.
Só no Anima Mundi a experiência visual feita por Serpa e pela equipe da produtora Ozi será projetada em tela grande.
Em cartaz no Rio até o dia 24, o festival exibirá o cine-poema de Serpa nos dias 19 (às 12h30m), 20 (16h30m) e 22 (14h30m), no Centro Cultural Banco do Brasil, um dos espaços da mostra, ao lado de Centro Cultural Correios, Casa França-Brasil, Oi Futuro (Flamengo e Ipanema), Odeon e Unibanco Arteplex.
Com trilha sonora de Lucas Santtana e Rica Amabis, "Morte e vida severina" usou como dubladores, além de Gero, um elenco de atores pernambucanos, que narram o embate contra a miséria de um Brasil com sede e fome de terra.
Leia matéria anterior sobre o festival aqui.
Leia matéria de O Globo na íntegra aqui.