Aparelhos carbonizados

A Samsung interrompeu permanentemente a produção e as vendas de seu novo smartphone Galaxy Note 7, lançado em agosto, depois de não conseguir corrigir um problema que permitia que os dispositivos fossem carbonizados.

A gigante sul-coreana foi forçada a recolher 2,5 milhões de aparelhos Note 7 logo após que o Note 7 foi colocado à venda, depois que alguns aparelhos pegaram fogo.

A Samsung tentou corrigir o problema, trocar de fornecedor de baterias e atualizar o software do smartphone. Mas quando os aparelhos que substituíram os anteriores foram entregues, alguns clientes relataram que eles também form carbonizados, incluindo um a bordo de um avião.

Nesta segunda-feira (10), a Samsung aconselhou todos os clientes a parar de usar os telefones. "Consumidores com o Galaxy Note7 original ou substituído devem desligar os aparelhos e deixar de usá-los", pediu a gigante sul-coreana.

A Samsung foi muito criticada por sua resposta à crise - muitos clientes estavam confusos sobre se o seu telefone era seguro, se ele deveria ser devolvido e se a empresa estava oferecendo uma substituição.

A companhia disse a clientes na Coreia do Sul nesta terça-feira (11) que eles poderão trocar seu Note 7 por outro smartphone. Não ficou imediatamente claro o que os consumidores de outros mercados poderiam esperar em termos de uma substituição ou compensação.

Desistir do Note 7 vai sair caro para Samsung. Analistas da Nomura Holdings estimam que a empresa pode perder US$ 9,5 bilhões em vendas e US$ 5,1 bilhões em lucro.

Mas a Samsung, que tem um valor de mercado de cerca de US$ 194 bilhões e vendas anuais de US$ 179 bilhões, deve ser grande e rentável o suficiente para superar a perda de um modelo.

Com CNN.