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‘Aquele nó no peito’

Post em Branco usa IA para chamar atenção para ansiedade

24.04.23

O Post em Branco, plataforma dedicada à saúde mental, e a consultoria Koro Martech fizeram um experimento perguntando ao ChatGPT, a popular ferramenta de inteligência artificial da OpenAI, sobre gatilhos, sentimentos e reações físicas mais comuns decorrentes de uma crise de ansiedade. O conteúdo se transformou em uma nova ação para chamar atenção para o problema, um dos mais prevalentes na população mundial.

As perguntas feitas para o ChatGPT foram: “Você tem ansiedade?", “Você já sentiu aquele nó no peito?”, “Você já teve saudades?, “Você já amou alguém?, “Você já teve uma crise de choro?” e “Você já se sentiu sozinho?”.

As respostas foram praticamente idênticas: “Como modelo de linguagem de inteligência artificial, eu não tenho a capacidade de sentir emoções, sentimentos e reações físicas como os humanos”. O resultado pode parecer óbvio, mas em enquete feita no perfil do Post em Branco no Instagram, que funcionou como teaser, mais de 30% dos usuários responderam que a IA iria ter sentimentos reais.

O experimento foi transformado em uma série de vídeos curtos veiculados no perfil do Post em Branco. Ela ficará disponível no feed até esta quinta-feira, 27. Também foram criadas imagens por meio de IA.

O objetivo da ação, que traz o mote “A inteligência é artificial, mas a ansiedade é real”, foi ressaltar que não é necessário ficarmos ansiosos com receio de sermos substituídos pela inteligência artificial. Isso porque, na visão do Post em Branco e da Koro, a tecnologia ainda está longe de conseguir entender a complexidade da existência humana.

A ideia do experimento foi do publicitário Daniel Portuga, criador do Post em Branco, diagnosticado com Transtorno de Ansiedade Generalizado (TAG) (leia mais aqui sobre o projeto).Nós já estamos rodeados e usando IA já faz algum tempo, mas ninguém se dava conta. Agora que se tornou uma ferramenta mais democrática, o medo do FOMO, de não entender o uso, e de especulações dos computadores tomarem posições atualmente humanas, aumentaram ainda mais o nível de ansiedade”, afirmou Portuga.

Para Fernando Teixeira, fundador da Koro (consultoria em martech que utiliza IA) e autor do livro “Inteligência Artificial em Marketing e Vendas”, a IA não foi criada para substituir pessoas, mas para ajudá-las. “Ela pode ser o nosso ‘braço biônico’, nos dando capacidades incríveis”, declarou. Ele citou como exemplo a startup Kintsugi, que consegue identificar depressão e ansiedade a partir da voz das pessoas. “Com iniciativas assim, ficará mais fácil detectar doenças relacionadas à saúde mental, facilitando o acesso de pessoas do mundo todo aos tratamentos necessários”, completou.

Leia anterior aquisobre ação criada no dicionário online Michaelis.

‘Aquele nó no peito’

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