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Audiovisual em alta

Pesquisa da Apro mostra que setor cresceu 153% em seis anos

30.11.16

O setor audiovisual está em crescimento e promete seguir em expansão. A pesquisa “Mapeamento e Impacto Econômico do Setor Audiovisual no Brasil”, realizada pela Fundação Dom Cabral e encomendada pela Apro (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais), aponta que entre 2008 e 2014 houve um aumento de 153% no volume de horas produzidas e registradas na Ancine (programas jornalísticos e eventos não têm a obrigatoriedade de registro).

O estudo indica também que o setor é responsável por 0,44% do valor agregado da economia brasileira, com receita operacional das empresas do segmento chegando a R$ 42,7 bilhões.

Desempenho positivo na publicidade

Outro resultado importante da pesquisa se refere à publicidade, que contou com investimentos superiores a R$ 132 bilhões em 2015. Esse montante é 9% acima do movimento registrado no exercício anterior. No entanto, considerando-se a inflação do período, nota-se retração de 0,9% na soma de investimentos com publicidade. O segmento que mais investiu em campanhas foi o varejo. Na análise entre 2013 e 2014, o investimento nominal em publicidade saiu de R$ 112 bilhões para R$ 121 bilhões, representando alta de 7,6%.

É importante lembrar que em 2014 houve a Copa do Mundo no Brasil. A competição fomentou o investimento de publicidade direcionada para a TV aberta. O valor atingiu R$ 67,5 bilhões, o equivalente a 56% do bolo.

Quando se foca a internet, o estudo revela que a publicidade teve um aporte de R$ 5,2 bilhões em 2014, o que representa 4% do total.

Conteúdo para TV e cinema

Destaca-se o crescimento na produção de séries para TV, que somava 703 horas em 2008 e saltou para 2.943 mil horas em seis anos de atividades. Essa variação significa um crescimento de 318%, que foi impulsionado pela Lei da TV Paga.

Em relação ao cinema, o público total aumentou 53% entre 2009 e 2015, chegando a 172,9 milhões de brasileiros. No mesmo período, o faturamento bruto com bilheteria saiu de R$ 969,8 milhões para R$ 2,3 bilhões (variação de 142%).

O número de salas de exibição, que era de 2.110 em 2009, subiu para 3.005 em 2015, alta de 42%. Um detalhe que chama atenção é que o percentual de espaços com tecnologia capaz de reproduzir filmes em 3D passou de 5,2% em 2009 para 39,2% em 2015.

Emprego e salário

O mapeamento revela que, em 2014, o setor audiovisual foi responsável pela geração direta de 98,7 mil empregos com carteira de trabalho registrada, além de 107,6 mil empregos indiretos. A remuneração média chegou a R$ 3,7 mil no mesmo ano, um valor 64% acima da média da economia como um todo.

O estudo pode ser conferido aqui.

 

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