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Novidades da Globo no jornalismo
O jornalismo está mais forte nos 100 anos de Globo e seis décadas da TV Globo, que se completam neste ano. Uma das novidades da emissora é o Bom Dia Sábado que estreia neste sábado, 1º de fevereiro, e tem apresentação de Sabina Simonato e Marcelo Pereira. A criação do programa é um sinal de como a grade jornalística ganha impulso em 2025.
Em evento realizado nesta terça-feira, 28, na Globo em São Paulo, que foi comandado por Maju Coutinho, do Fantástico, foram exibidos trechos de algumas das atrações, como o Globo Repórter que dará sequência a um formato lançado no ano passado: o Personalidades.
Sandra Annenberg, em depoimento por vídeo, contou que, após os episódios com a bicampeã olímpica Rebeca Andrade e com a cantora Alcione, o Globo Repórter Personalidades trará Fernanda Torres. O programa volta ao ar no dia 7 março, quando o Brasil já saberá se a atriz conquistou o Oscar por sua atuação em “Ainda Estou Aqui” (a premiação acontece no dia 2). O fato foi comentado por Sandra. E a próxima entrevistada já foi revelada: Maria Bethânia.
Outra atração da grade jornalística que retorna é o Profissão Repórter, liderado por Caco Barcellos. Com estreia em 4 de fevereiro, o programa trará o formato “Mochilão”, modelo introduzido há dois anos. Antes, um trio de repórteres saía para apurar histórias levando equipamento para passar mais de um dia na rua, o tal “mochilão”. Desta vez, a jornada será feita em duplas. O primeiro episódio do 19º ano do Profissão Repórter será sobre o trabalho de um peão de boiadeiro.
Dizendo-se fã do gênero romântico do jornalismo, a reportagem, Caco destacou a importância do trabalho do repórter de rua. Ele ponderou que o telejornalismo cobre com grande eficiência “as pessoas do poder”. Sua equipe e ele oferecem ao público um complemento, que é a voz de quem vivencia as consequências das decisões de quem está nas esferas de poder. “Fazemos um jornalismo de imersão com essa fonte imprescindível, que é o homem comum”, afirmou.
E por que o “mochilão”, que existe realmente e no qual cabem barraca de dormir e equipamentos para a reportagem? Nas palavras de Caco, o formato ajuda a ir além, a dar agilidade e a alcançar pessoas em qualquer lugar para “contar a boa história onde a boa história estiver”.
Jornadas do “show da vida”
No Fantástico, Renata Ceribelli volta com nova série, com foco no tema da longevidade. Na estreia, a jornalista, que completou 60 anos, apresentará um encontro de gerações, no caso o de sua família, com a participação de dona Odete, sua mãe que está com 92 anos.
Sônia Bridi e Paulo Zero comandam o “Jornada da Vida”, quadro com reportagens de fôlego. Desta vez, a dupla passa por quatro países asiáticos, percorrendo o rio Mekong: Vietnã, Tailândia, Laos e Camboja.
Mais novidades da revista dominical: Paulo Vieira retorna com um quadro novo, o “Devolve aí”, que faz um match entre alguém que emprestou algo para outra pessoa e... a pessoa que pegou emprestado esse algo e ainda não tinha devolvido. Xuxa estará também no Fantástico com “Deu petch”, conteúdo focado em bichos de estimação, abordando adoção, resgate, cuidados com os pets, o trabalho de voluntários para a causa animal e outros temas. As duas novidades estreiam no domingo 2.
E há ainda uma grande aposta do programa: um documentário que vai mostrar como nasce uma novela. O quadro terá Maju Coutinho nos bastidores da produção do remake de “Vale Tudo”, contando tudo desde o dia 01.
Na GloboNews, uma das novidades é a estreia de Liderança S/A, programa que será exibido aos sábados e será comandado por Mônica Waldvogel e que tem parceria com o jornal Valor. Entre os entrevistados já escalados estão Luiza Trajano, do Magalu, e Fernando Yunes, CEO do Mercado Livre no Brasil.
O canal de jornalismo da Globo terá ainda produções "de longo curso", uma com Leilane Neubarth, que trata de longevidade, com gente ativa como o ator Othon Bastos, de 91 anos e que é a estrela do monólogo “Não me entrego, não”. Outra produção, "Fiéis", fala sobre a população evangélica no Brasil.
Bom Dia Sábado
O novo telejornal da Globo ocupará o horário entre 06h50 e 7h50, com notícias de vários pontos pontos do país, prestação de serviços, um quadro do tempo mais moderno, interação com o público e reportagens de fôlego, como a que os dois apresentadores fizeram, visitando algumas cidades brasileiras. Marcelo Pereira contou que o programa É de Casa era o único que ainda estava “estendido” desde os tempos da pandemia. A Globo decidiu reorganizar a grade pensando na necessidade da população, que trata o sábado como mais um dia útil.
“As pessoas precisam de informação. Vamos trazer as principais notícias. Sábado é também um dia de resolver muitas coisas, como fazer um exame médico. O setor de serviços ferve. O Bom Dia Sábado vai atender todas essas demandas”, explicou Sabina.
Valor da reportagem e o combate à desinformação
Depois de Caco Barcellos dizer que é adepto da porção “romântica do jornalismo”, seria inevitável perguntar para ele o valor da reportagem hoje, já que os trabalhos frutos de uma boa e dedicada apuração vêm perdendo cada vez mais espaço na mídia impressa e mesmo na online, o que é ocorre até por conta do impacto das redes sociais em nossas vidas. O jornalista reconhece ter o privilégio de trabalhar em uma empresa que lhe permite ir atrás de boas histórias.
“O retorno que a gente pode trazer é via audiência. É importante que ela se interesse pelas histórias que contamos. E a gente entra na casa das pessoas por esse motivo, para contar histórias. Quando vamos para as comunidades, como a Rocinha, os moradores gritam ‘ih, lá vem o pessoal que gosta de entrar na casa da gente’. Eles nos recebem no quarto, que também é a sala, a cozinha. São casas de um cômodo só. E eles nos recebem com o maior carinho. Se sentem honrados. E depois gostam de ver quando contamos as histórias deles. Essas pessoas trazem fidelidade para o programa”, analisou Caco.
O Clubeonline perguntou aos jornalistas como vencer a desinformação, um problema que afeta não apenas o jornalismo, mas a sociedade. Monica Waldvogel disse que a única saída é dobrar a aposta no jornalismo. “Não há solução mágica. Estamos no meio de um processo de busca da retomada da credibilidade da informação jornalística, que foi abalada desde o surgimento das redes sociais. Por isso, precisamos ter mais cuidado com a informação e com erro. Temos de ser mais precisos e fazer a informação jornalística ter mais luz".
Sabina comentou que esse é um “trabalho de formiguinha” e que envolve muito “olho no olho” com o público. Além disso, é importante admitir o erro quando houver erro. “Isso reforça a nossa credibilidade”.
Maju lembrou de uma reportagem do Fantástico que mostrava como as crianças de escolas na Finlândia recebem orientações na sala de aula para identificar o que fake news. “É uma pedagogia da informação”, comentou, o que, de certa forma, ela pratica toda vez que é perguntada por motoristas de aplicativo como as reportagens são feitas. Essa pedagogia pode ser aplicada em outros grupos, como as pessoas mais velhas. Ela também recorreu à análise de Caco Barcelos sobre “entrar na casa das pessoas” para mostrar o valor do jornalismo. “Precisamos conquistá-las”.
Marcelo Pereira, por fim, observou que o trabalho do jornalismo está sendo construído de novo para se entranhar na sociedade, como as redes sociais conseguiram. “No grupo da família no WhatsApp, eles já sabem que não curto fake news. Então, eles sempre me perguntam se tal fato é verdade. Se eu não sei, busco a informação correta e indico. Esse é um processo do dia a dia”, completou.
Veja aqui Maju Coutinho e Caco Barcelos falando mais sobre o jornalismo da Globo no perfil do Clube de Criação no Instagram.