C6 Fest

Com mais de duas dezenas de atrações – boa parte inédita em palcos brasileiros –, o C6 Fest estreia no calendário cultural do país em maio, com um lineup diverso e multigeracional, que foi divulgado nesta quarta-feira, 01. Fruto da parceria entre o C6 Bank e a Dueto Produções, o novo festival reunirá, durante três dias em São Paulo e três no Rio de Janeiro, artistas e bandas de dez países e de gêneros que vão do jazz ao rock, da música eletrônica à MPB.

Além do C6 Bank, outra marca já aparece junto ao evento: a Heineken dá nome a um dos espaços do festival, uma tenda com capacidade para 5 mil pessoas. Em São Paulo, as apresentações vão acontecer em áreas e instalações montadas no Parque Ibirapuera – inclusive no Auditório – nos dias 19, 20 e 21 de maio. A tenda Heineken receberá 11 shows. No Rio, o C6 Fest vai acontecer, em versão compacta, entre 18 e 20 de maio, no Vivo Rio.

Entre as atrações estão a cantora norte-americana Samara Joy, eleita revelação no Grammy deste ano, além de melhor voz de jazz na premiação; os alemães do Kraftwerk e os galeses do Underworld, que explodiram com a trilha do filme “Trainspotting” (1996).

Outros nomes internacionais que se destacam são The War on Drugs, Jon Batiste, Arlo Parks, Black Country New Road, Blick Bassy, The Comet is Coming e Dry Cleaning. Pelo Brasil, estão artistas como Caetano Veloso, Xênia França, Tim Bernardes (cantando Gal Costa) e uma apresentação especial com Kiko Dinucci, Juçara Marçal, Arnaldo Antunes, Tulipa Ruiz, Linn da Quebrada, Giovani Cidreira e Jadsa. A programação inteira pode ser conferida aqui.

O C6 Bank procurou a Dueto com a ideia de criar um festival que resgatasse o legado do Free Jazz, um evento organizado pela Dueto no passado e que trouxe grandes atrações para o Brasil. Uma delas foi o próprio Kraftwerk. “Conseguimos reunir artistas consagrados e novos nomes da cena mundial no C6 Fest, que também deve entrar para a história dos festivais de música”, assegurou Alexandra Pain, head de marketing do C6 Bank.

Com a experiência de ter proporcionado shows antológicos no país como os de Nina Simone, Chet Baker e Stevie Wonder, a Dueto resgata no novo evento a essência do Free Jazz. “O festival insiste em renascer e isso é maravilhoso. Sentíamos falta de algo na linha do que havíamos criado lá atrás”, afirmou Monique Gardenberg, diretora e fundadora da Dueto.

Ela pontuou que o Free Jazz, desde sua concepção em 1985, unia nomes consagrados a talentos novos, que despontavam no panorama da música mundial. “É quase um festival de formação musical, para nós e para o público. Tudo tem a ver também com a sensibilidade de quem patrocina e topa esse formato, como o C6 Bank”, completou Monique.

Curadoria

O lineup foi montado com a ajuda de uma equipe de especialistas e pesquisadores do país. A Dueto manteve a espinha dorsal do time de curadores dos festivais predecessores, com Hermano Vianna, José Nogueira, Pedro Albuquerque e Ronaldo Lemos, além de promover a estreia de Felipe Hirsch no grupo. Zuza Homem de Mello, que esteve à frente da curadoria desde a primeira edição do Free Jazz, terá um show em homenagem à sua memória no C6 Fest.

“O processo de construção do lineup envolve uma negociação e debate intenso e exaustivo entre os curadores, mas é isso que desde sempre garante que os festivais organizados pela Dueto, como o C6 Fest, sejam capazes de marcar o presente e ditar o futuro”, comentou Ronaldo Lemos.

De acordo com Hermano Vianna, a curadoria não faz o festival para agradar o gosto particular de cada um no time. “Tentamos adivinhar o que o que o público quer ver e muitas vezes nem sabe que quer ver. É criação coletiva o tempo todo”, disse. Ele ponderou que o mundo mudou muito desde o último Free Jazz, em 2001. “Antes, a circulação das informações era mais centralizada pelas gravadoras, que influenciavam todo o panorama musical global. Hoje, está tudo bem fragmentado, com muitas bolhas diferentes com sucessos e novidades distintas. Não há mais fronteiras claras entre o que antes se chamava de mainstream e de underground”, argumentou.

O evento terá também shows temáticos. Um deles é exatamente o tributo a Zuza Homem de Mello, que terá a Orquestra Ouro Negro dividindo o palco com Fabiana Cozza, Gabriel Grossi e Mônica Salmaso para um repertório de canções de Moacir Santos, um dos compositores mais admirados pelo musicólogo e jornalista.

Ingressos

A venda de ingressos do festival começa neste domingo, 5, pela plataforma Sympla. Os preços variam entre R$ 90 (meia que dá acesso a um dos espaços do evento, com apresentações de DJs) e R$ 3.500 (passaporte All Access).

Antes disso, clientes do C6 Bank terão venda exclusiva com desconto, o que começa nesta quinta-feira, 02, e se estende até o sábado 04. Eles terão direito a 20% de desconto no valor dos ingressos mediante compra com o cartão de crédito do banco.