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Viola Davis defende representação real da mulher na TV
Em painel que dialogava sobre a bem-sucedida série que protagoniza, a atriz norte-americana Viola Davis levantou discussão sobre representação de mulheres e negros na televisão. Ela esteve em Cannes na segunda-feira (22) a convite do McCann Worldgroup para participar do seminário "Is creativity the only way to survive?" (uma brincadeira com a série "How to get away with murder", em que ela interpreta a intensa advogada Annalise Keating).
O painel, que contou com os produtores da série Betsy Beers e Pete Nowalk, foi tanto uma discussão sobre processos criativos fora do mercado de agências quanto, graças a Davis, um palco para desvelar o que ela caracterizou de "elefante branco" na sociedade contemporânea: a completa ausência de uma representação fiel de mulheres reais e negros na televisão.
Ao ser questionada sobre como ela incorporou a intensa personagem que representa, foi clara: se inspirou nas próprias fraquezas e fortalezas. Para ela, a tarefa é difícil porque continuamos numa sociedade conservadora e que nos freia. "Você só desperta sua criatividade quando se livra do medo de falhar", comentou. "As pessoas vivem 50 anos atrasadas no tempo e é difícil nos libertar disso."
Davis rebateu um comentário de que a indústria do entretenimento é conservadora lembrando que apenas reflete uma realidade mais ampla. "A sociedade tem dificuldade de ser progressista e Hollywood sofre com isso também. Você precisa dar uma voz que desperte você mesmo."
Mais do que nos ensinar a sobreviver no mercado de comunicação, o painel com a atriz foi uma inspiradora aula de sobrevivência ao status quo.