Cannes Lions 2017

"We're the superhumans", da Blink Productions e da 4Creative de Londres para o Channel 4 / Paralympics, ganhou o Grand Prix de Film no Cannes Lions 2017.

“O craft é muito poderoso, mas a emoção que o filme traz nos deixou felizes, nos fez pensar, nos provocou. Ajudou a discutirmos a questão e levá-la adiante. O storytelling é corajoso e, quando olhamos para o todo, é um filme que encontrou uma ótima solução para o briefing”, analisou o presidente do júri, Pete Favat, CCO da Deutsch North America.

A conquista representa uma volta do bom e velho jeito de fazer filme, na análise do presidente do júri. No ano passado, “Shoplifters”, da Adam&Eve DDB para Harvey Nichols trouxe vídeos com faixas características do mobile e faturou o Grand Prix.

“Nos últimos dez anos, a inovação e tecnologia se tornaram parte fundamental de Film mas, em muitos casos, isso aconteceu em detrimento do storytelling. As histórias ficaram escondidas atrás da tecnologia. Isso foi bom, na verdade. Tínhamos um bebê (a tecnologia) e era preciso ter atenção com ele. Agora que a tecnologia cresceu, temos que tomar conta de outras coisas como live vídeo, social content e storytelling. O que vejo, nesse cenário, é um ressurgimento de filme”, afirmou Favat.

Na análise do presidente do júri, a lista de premiados representa tudo o que existe de mensagem e técnica em filmes.”Temos craft, mensagens para portadores de deficiências, igualdade de gêneros, mensagens de inclusão, muito storytelling. São peças criativas, que fazem bem para a mente. Elas foram feitas para seres humanos. O que se chamava de tradicional, se tornou moderno. O filme está de volta. É o rei de novo”, comemorou.


Brasil tem 1 Bronze

O Brasil, representado no júri por Erh Ray, co-CEO da BETC/Havas, teve 7 shortlists e apenas um deles se converteu em Bronze: “Everything in black & white”, da F/Nazca S&S para Leica Gallery (com produção da Lobo e Satélite). “A peça logo se destacou e o Bronze foi um caminho natural desde o começo”, analisou. Ray fez críticas ao chamado “pré-júri”, com as avaliações antes do festival. Ele diz que uma das campanhas vencedoras de Ouro, “Beyond Money”, da MRM McCann Madrid para Santander, não entrou no longlist e que precisou puxar a peça (cada jurado tem direito a trazer uma das peças eliminadas para a disputa). Assim, ela foi conquistando espaço até chegar onde chegou.


Festival distribui 14 Ouros

Dentre os 14 Ouros concedidos pelo júri de Pete Favat, destaque para a Wieden+Kennedy, que emplacou 4 Leões com seus escritórios de Portland (com 2 campanhas: “5 Years Plan”, para Old Spice e a série “Unlimited Courage”, “Unlimited Youth” e “Unlimited Will”, para Nike), Amsterdã (“What Are Girls Made Of?”, para Nike), e Nova Déli (“Da Da Ding”, para Nike Delhi).

Outros ouros foram distribuídos para Publicis Milano, com “Jackie” para Heineken, Droga5, com “The Truth is Hard to Find: Hicks e Denton”, para The New York Times, TBWA\Paris, com “Halloween - TV", para Burn & Smiles, McCann Bangkok, com “Capture”, para Verena, BBDO NY, com “Evan”, para Sandy Hook Promise, The Martin Agency, com “The World´s Biggest Asshole”, para Donate Life, Ogilvy Cingapura, com “Hollywood Rejects French Films” e “Pitching Frech Films to Hollywood” (leões diferentes), para Alliance Française, MRM McCann Madrid, com “Beyond Money”, para Santander, e Ogilvy Joanesburgo, com “Cadbury Pre-Joy “, para Mondelez.

 

Veja o resultado brasileiro aqui.

Confira o comentário de Erh Ray a respeito do Grand Prix (vídeo).