Acesso exclusivo para sócios corporativos
Ainda não é Sócio do Clube de Criação? Associe-se agora!
Acesso exclusivo para sócios corporativos
Ainda não é Sócio do Clube de Criação? Associe-se agora!
Jesse Jackson: ‘Nenhum grupo social tem o monopólio da genialidade’
A edição 2017 do Festival de Cannes tem a diversidade como um de seus principais temas. Nesse sentido, o organização do evento, poucos dias antes do início, garantiu a presença do Reverendo Jesse Jackson - protagonista da luta pelos direitos civis dos negros americanos e ativista político.
Ele conclamou a comunidade criativa a mudar o mundo com o poder da imaginação. “Vocês podem se unir nesse Cannes Lions para criar uma mudança social. Vocês podem melhorar o mundo, porque a publicidade é muito poderosa e sua força é imensa. Questões como casamento entre pessoas do mesmo sexo foram trazidas à tona na consciência social de forma tão importante conforme foi explorada na publicidade”, analisou, ao lado de Richard Edelman, CEO da Edelman, que conduziu a conversa.
Como esperado, o Reverendo Jackson pediu ao mercado que promova a diversidade nas empresas e nas agências.
“Nenhum grupo tem o monopólio da genialidade”, resumiu. Ele qualificou como “desafio moral do momento” para as lideranças mudarem essa situação na indústria. “Não podemos viver em silos étnicos, ao lado de pessoas que vivem como nós, e nos deixar cegar para outras culturas”, disse.
Em conversa posterior com a imprensa, Jackson afirmou que os refugiados do mundo devem ser abraçados e não repelidos e que é demagogia afirmar que os mexicanos ‘roubam’ empregos dos americanos. E criticou os políticos. “Os que estão no poder se tornaram preguiçosos, por se acostumarem aos hábitos e não correr riscos de mudar o que lhes é conveniente”, avaliou.
Da mesma forma, as empresas devem fazer sua parte, promovendo a diversidade em suas equipes (ele é particularmente crítico do Uber, cujo CEO deixou o cargo após uma série de acusações de sexismo e preconceito).
“O arco do universo (termo de seu antigo amigo Martin Luther King) enverga sempre para o lado da Justiça. Mas não é automático. Nós que temos que entortá-lo. Temos que empurrar o arco”, finalizou.