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Mastercard, P&G e Mars: 'publicidade não é mais o caminho'
Raja Rajamannar, chief marketing officer de Mastercard; Marc Pritchard, chief marketing officer da Procter & Gamble; e Andrew Clarke, presidente global da Mars Wrigley Confectionery, participaram de debate promovido pela The Economist, e realizado nesta terça-feira (19), durante o Cannes Lions.
Rajamannar defendeu que a "publicidade como a conhecemos não é mais o caminho a ser seguido" e falou sobre a aposta da Mastercard em patrocínios e no marketing experiencial, numa ruptura com a propaganda tradicional. "Temos nos voltado para o marketing experiencial e, para nós, tudo agora está relacionado à criação de histórias", explicou o executivo, que citou ainda uma reestruturação da companhia, de modo a se concentrar mais nas mulheres - consumidoras, funcionárias e embaixadoras.
"Sabemos que 80% das decisões de compra são tomadas por mulheres. E, portanto, devemos ter 80% de nossa equipe em marketing formada por pessoas do sexo feminino. Isso não é só para cargos juniores, mas em todos os níveis hierárquicos que se reportam a mim. E nós estamos agora chegando perto de alcançar essa meta", garantiu, acrescentando: "As mulheres da minha equipe entendem uma mulher muito melhor do que eu", admitiu.
Rajamannar explicou ainda que o movimento global da marca para patrocínios foi focado em nove pontos de paixão, do esporte ao turismo. "Oferecemos às pessoas uma experiência em escala - elas formam uma história em suas cabeças e compartilharão essa história", defendeu.
Já Pritchard, da P&G, foi questionado sobre como se mensura a criatividade. "Não medimos, você a sente. Quanto mais tentamos mensurar, pior fica; por isso, nos concentramos nos resultados que a criatividade gera", afirmou.
O executivo argumentou que era impossível medir, por exemplo, o quão bem-sucedida era a recente campanha da marca Tide (com brasileiros na ficha, leia e veja aqui), mas que ele podia sentir a "magia" do trabalho.
Já Andrew Clarke, presidente global da Mars Wrigley Confectionery, defendeu que campanhas relacionadas a temas sociais podem agregar valor à marca e impulsionar o crescimento das companhias. "O (marketing relacionado a um) propósito pode realmente agregar valor", observou Clarke. "As grandes corporações têm a responsabilidade de direcionar causas."
Com informações da Campaign.
#ClubeLivre
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