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Simon Cook visita CCSP para ouvir sobre diversidade
Simon Cook, CEO do Cannes Lions, desembarcou em São Paulo no sábado 4 para cumprir uma agenda de encontros com profissionais do mercado de comunicação. A rodada de conversas vai até esta sexta-feira, 11.
Um dos compromissos públicos do executivo foi ministrar uma palestra na Faap, na terça-feira 08, em evento promovido pelo Estadão, representante oficial do Festival no Brasil. O que de melhor aconteceu na edição 2022 do Cannes Lions foi um dos temas abordados, junto com a apresentação de cases vencedores. Outro assunto abordado na palestra foi a importância da diversidade.
Neste ano, o Festival teve questionada a falta de profissionais pretos entre os jurados do Brasil (relembre aqui). A resposta foi dada, na ocasião, por Cook, afirmando que a organização iria revisar critérios para a composição dos júris (leia mais aqui).
Dias depois, foi divulgada uma relação de profissionais integrantes do júri de shortlist, majoritariamente negra (confira aqui). Perguntado sobre diversidade no evento realizado na Faap, Cook disse que o Festival quer representar mais a sociedade e menos a indústria.
Outro encontro de Cook com profissionais do mercado aconteceu na nova sede do Clube de Criação, na avenida Paulista, nesta quarta-feira, 09. No bate-papo com sete lideranças negras e mais a presidente do Clube, Joana Mendes, ele comentou que, em seu roteiro de conversas com o mercado, ouviu muito falar sobre o “Brasil de verdade”, que não é visto ou percebido por boa parte do mundo.
Segundo Cook, um dos objetivos da organização do Cannes Lions é discutir como a plataforma pode ser utilizada para gerar progresso na indústria. Ele reiterou que a intenção é ter júris que representem a sociedade em vez de refletir o mercado. Para isso, continuarão a trabalhar com iniciativas como o Geena Davis Institute e a Unstereotype Alliance.
O grupo reunido no Clube de Criação apontou que a população do Brasil é, em sua maioria, negra, e que a indústria de comunicação não reflete esta realidade. Daí, portanto, a importância de a organização estar aberta a mudanças, ao menos no que se refere à participação do país nos júris. Falou-se também do papel de Cannes, que tem potencial para influenciar outras decisões no cenário global. Cook recebeu sugestões sobre passos que podem ser tomados para a próxima edição, bem como para as edições seguintes.
Participaram do encontro, além de Joana Mendes, Dilma Campos (Outra Praia), Felippe Guerra (Silva), Gabriela Rodrigues (Soko), Luna Lima (Publicitários Negros), Peter de Albuquerque (Ambev), Raphaella Antonio (Meta) e Thatiane Almeida (Magma).