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"As redes sociais são o reality show da internet"
Seguindo com a série Grandes Encontros do Cannes Lions, o chairman e CEO do Publicis Groupe, Maurice Lévy, entrevistou na quinta-feira (25) o DJ e produtor David Guetta.
Os dois conversaram sobre endorsement, co-branding, mídias sociais e música. Alguns dos melhores momentos você confere abaixo.
David: “Às vezes as pessoas te pedem para fazer uma música como se isso fosse fácil e automático como entregar uma pizza, mas não é”
Maurice: “Você poderia explicar isso para os meus clientes?”
David: “Hoje o conteúdo é o rei.”
David: "As marcas estão ridiculamente atrasadas na forma como fazem propaganda.”
David: “Vim de uma cena underground. Nos anos 90, não podíamos tocar dance music. Eu organizava raves em lugares secretos. Passava textos para o público avisando onde estaria. Sempre tive esse contato direto com as pessoas, era parte da minha cultura. Isso me colocou à frente (em relação às redes sociais).”
Maurice: "Você planejou se tornar uma marca?"
David: “Sou um produtor musical. Era um pesadelo depender de outros artistas. Dependia do ‘mood ‘ das outras pessoas, do selo musical... E as grandes companhias eram tão lentas... A minha forma de ser livre foi virar a minha própria marca.”
David: “As mídias sociais estão tomando o lugar da TV. Não conheço ninguém que ainda veja TV. O reality show é o pior da TV. E se você parar para pensar, a mídia social é uma espécie de reality show da internet, só que ela, sim, é real.”
David: “Eu acredito em co-branding. Quero me manter fazendo o que eu faço bem e firmar parcerias com marcas que me ajudam a ser melhor. Sempre que faço um projeto desses, procuro ver o que a marca pode me trazer de bom e o que eu posso levar para ela.”
David: “Você não pode resistir ao progresso.”
Maurice: “Temos de abraçá-lo.”
David: “O pior cenário seria ninguém querer ouvir minha música Se o mundo todo ouve porque ela se tornou mais acessível, via streaming, isso é fantástico.”
David: “Se algum dia eu trabalhar com a Apple, vou tocar os fãs da Apple. Se uma marca tem os seus fãs e eu, os meus, podemos caminhar juntos e juntar nossos fãs.”
David: “Eu sou o meu próprio produto. Tudo o que faço com marcas tem que ter a ver com música, porque senão fica falso e não me interessa fazer. O público percebe na hora se você está dando um testemunhal só por dinheiro. Aí ele ou te abandona ou ignora você e a marca”
David: “As formas como as marcas estão usando as celebridades continua a ser um modelo antigo”
David: “Quando você está no palco se sente como Deus por 5 minutos, mas você é só um ‘entertainer’. Eu me sinto distribuindo felicidade. Mas essas pessoas (da Unesco e de outra entidades ligadas às causas sociais) estão mudando o mundo”
David: “Outros artistas querem ser homens de negócios. Eu não. Acho que todo mundo deve fazer aquilo que sabe fazer melhor. Prefiro fazer co-branding do que vender sapatos, não ter foco e ser medíocre.”
David: “As pessoas subestimam o quanto queremos fazer isso (co-branding). Todos queremos, eu, a Rihanna, a Shakira... Precisamos de formas para crescer como marcas. Sem elas e com uma indústria fonográfica falida, só teríamos clipes pobres, pouquíssima divulgação e shows pouco estrondosos.”
O Clubeonline está no Cannes Lions e Cannes Health 2015. A cobertura é um oferecimento de A Voz do Brasil; Barry Company; Conspiração Filmes; DPZ&T; Estúdio Angels; FCB Brasil; Getty Images do Brasil; Hungryman; JWT; LBTM; Lucha Libre Audio; Miami ad School/ESPM; Movie&Art; Mullen Lowe Brasil; Paranoid; Piloto TV; Popcorn Filmes e Y&R Brasil, com apoio da Publicis Brasil.