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Conselho Nacional de Justiça apresenta projeto criado pela LBTM
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou ao público nesta quarta-feira, 04, um projeto de combate à violência doméstica que se baseia na força dos quadrinhos, o “Cartoons Contra a Violência”, criado pela Leo Burnett Tailor Made e que tem o apoio da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap). Ele foi apresentado em sessão plenária da Suprema Corte, em Brasília, pelo presidente do CNJ, Luis Roberto Barroso, que também preside o STF.
A violência praticada contra as mulheres está entre as principais causas de morte em todo o mundo e constitui-se em uma das principais formas de violação dos direitos humanos. Estatísticas recentes revelam que ela tem aumentado significativamente no Brasil, o que reflete, diretamente, nos trabalhos do Judiciário brasileiro.
Em 2022, a Justiça acolheu 640.867 processos de violência doméstica e familiar e/ou feminicídio, com tramitação em varas exclusivas e varas não exclusivas. Desses, 80% trataram da concessão de medidas protetivas de urgência, com 550.620 decisões proferidas.
Inspirado nesse cenário e cumprindo o artigo 8º da Lei Maria da Penha, que se refere à promoção e à realização de campanhas educativas de prevenção, o CNJ apresentou “Cartoons Contra a Violência”. Para a ação, foram convocadas mais de 25 mulheres artistas para contribuir com desenhos. Algumas delas são: Aline Daka (@alinedakailustra), Lorena Kaz (@lorenakaz.art), Cecília Ramos (@cartumante), Helena Cunha (@helenacunhas) e Rachel Paterman (@desorientanda). Com isso, charges e quadrinhos, que trazem críticas ilustrativas da sociedade há décadas, agora participam da ação pelo fim do machismo.
A partir desta quarta-feira, as artes entram na mídia junto a parceiros do projetos. Entre eles estão veículos como Marie Claire, Claudia, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo e portais, além de empresas de mídia OOH e busdoor, entre outros. A ação segue até o Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres (25/11).
O site do projeto (www.cnj.jus.br/protecaomulheres) traz os cartoons e informações de utilidade pública, como os canais de denúncia e a legislação sobre o tema.
Para a presidente da Abap, Marcia Esteves, “a publicidade é uma poderosa ferramenta de transformação, educação, informação e entretenimento”. Marcelo Reis, CEO e CCO da Leo Burnett, apontou que o Brasil tem diversas pautas urgentes a serem trabalhadas. "Lutar contra a violência contra as mulheres é uma delas. Esse projeto tem a importância e o tamanho necessários para fazer a sociedade repensar seus valores”, afirmou.