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55% dos brasileiros são contra, diz Ibope
Estudo inédito do Ibope Inteligência aponta que 55% dos brasileiros se posicionam contra a decisão do Superior Tribunal Federal que autoriza a união estável para casais do mesmo sexo.
A pesquisa nacional, realizada entre os dias 14 e 18 de julho, identifica que as pessoas que mais aprovam a união são as mulheres, os mais jovens, os mais escolarizados e as classes mais altas.
Regionalmente, Norte/Centro-Oeste e Nordeste se destacam como as áreas do país com mais resistência às questões que envolvem o assunto.
Os dados apresentados pela pesquisa mostram que, de uma maneira geral, o brasileiro não tem restrições em lidar com homossexuais no seu dia a dia, tais como profissionais ou amigos que se assumam homossexuais, mas ainda se mostra resistente a medidas que possam denotar algum tipo de apoio da sociedade a essa questão, como o caso da institucionalização da união estável ou o direito à adoção de crianças, analisa Laure Castelnau, diretora executiva de marketing e novos negócios do Ibope Inteligência.
Sobre a decisão do STF, 63% dos homens são contra, enquanto apenas 48% das mulheres são da mesma opinião.
Entre os jovens de 16 a 24 anos, 60% são favoráveis. Já entre os maiores de 50 anos, 73% são contrários.
Entre as pessoas com formação até a quarta série do fundamental, 68% são contrários. Na parcela da população com nível superior, apenas 40% não são favoráveis à medida.
Territorialmente, as regiões Nordeste e Norte/Centro-Oeste dividem a mesma opinião: 60% são contra. No Sul, 54% das pessoas são contra e, no Sudeste, o índice cai para 51%.
Com relação à aprovação da adoção de crianças por casais do mesmo sexo, os resultados seguem a mesma tendência: 55% dos brasileiros se declaram contrários.
Entre os homens, o indicador é mais alto, com 62% de contrários, da mesma forma que entre as pessoas maiores de 50 anos: 70% rejeitam a ideia.
A tendência também se confirma entre os brasileiros com escolaridade até a quarta série, cuja contrariedade é declarada por 67%. Em termos regionais, os que se declaram contrários estão 60% no Nordeste, 57% no Norte/Centro-Oeste, 55% no Sul e 52% no Sudeste.
Em relação à possibilidade de um(a) amigo(a) revelar ser homossexual, a pesquisa identificou que a rejeição da população é sensivelmente menor do que a apresentada nos dois questionamentos acima.
Para 73% dos brasileiros, essa hipótese não os afastaria de suas amizades. Outros 24% disseram que se afastariam muito ou pouco e 2% não souberam responder.
A pesquisa ouviu ainda a população sobre a aceitação com o fato de homossexuais trabalharem como médicos, no serviço público, como policiais ou professores de ensino fundamental.
Apenas 14% se disseram total ou parcialmente contra trabalharem como médicos, 24% como policiais e 22% como professores. A parcela dos brasileiros que é parcial ou totalmente favorável é de 84% para o caso de médicos, 74% para policiais e 76% para professores.
No tocante às diferenças de opiniões observadas de acordo com a religião declarada pelos entrevistados, é possível identificar que há maior tolerância nas pessoas cuja religião foi classificada na categoria Outras religiões, onde 60% são favoráveis à decisão do STF.
Dentre os católicos e ateus há total divisão, com 50% e 51% de aprovação à união estável de pessoas do mesmo sexo, respectivamente.
A população de protestantes e evangélicos é a que se manifesta mais resistente, onde apenas 23% se dizem favoráveis à iniciativa do STF.
A pesquisa do Ibope Inteligência realizou 2.002 entrevistas domiciliares em 142 municípios do território nacional, ouvindo pessoas de 16 anos ou mais. A margem de erro amostral é de dois pontos percentuais.
Confira a apresentação da pesquisa aqui.