Cidade Limpa

"Acredito que a lei é bem-vinda, mas foi muito radical.

Não vejo de que forma uma cidade como São Paulo possa viver sem nenhuma manifestação publicitária na rua. Não conheço uma cidade desenvolvida, bonita, limpa, que não tenha mensagens publicitárias. Paris, NY, Londres, Madrid... todas convivem muito bem com a mídia exterior.

O que sempre faltou aqui foi regra, não proibição.

O que é radical nunca funciona.

Faltou à esta proposta, uma análise mais realista. O que está errado não é a mídia, é o abuso.

Este abuso vem das próprias empresas de mídia exterior, mas também, em grande escala, das faixas ilegais, dos luminosos de pontos comerciais (muitas vezes ilegais), dos folhetos, cavaletes imobiliários, fios da rede elétrica...
 
Sou 100% a favor de uma moralização do setor, mas radicalmente contra a sua extinção.

A cidade deve ser limpa e bonita, mas pode e deve conviver com a mídia."

Paulo Stephan, diretor de mídia da Talent 

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Comentários

henrique - colega, sinto dizer, mas regras sempre existiram, mas nunca foram cumpridas e pelas próprias empresas de mídia exterior. As placas regulares e legalizadas estão pagando pelas 61% irregulares e ilegais, a maioria delas de empresas legalizadas e regulares. Vou repetir aqui o que falei em outro comentário, quando uma criança desobedece, o jeito é castigar: "Filho, pode brincar aqui, mas só até o portão, se passar do portão, não poderá mais brincar". Regulamentação para as placas existe há muito tempo, seria infantilidade afirmar que não. O problema é que as empresas agem de forma predadora e infantil há tempos e insistem em instalar placas irregulares e ainda a veicular campanhas mediocres, "criadas" pelo próprio cliente/anunciante, apenas para ganhar mais grana, sem qualquer preocupação com a poluição e a qualidade das campanhas. Quando agem como crianças, os adultos devem ser tratados como tais. Sinto muito dizer: mas eles pediram e receberam o que merecem. henrique@mail.com