Cinco Minutos

Impossível não “pagar pau” para Alejandro Jodorowsky. O mestre chileno, descendente de russos e que fez “fama” na Paris dos anos 1960 e 70, atua com brilhantismo no cinema, nos quadrinhos, na literatura e mesmo no esoterismo: ele foi o principal responsável pela restauração e posterior retomada do uso do chamado Tarô de Marselha, há mais de 30 anos.

Basta entrar em contato com qualquer trabalho do artista para perceber a força e a verdade da sua criação genial. O CCSP sugere: tente encontrar e assistir a “El Topo”, bizarro faroeste de 1970 que transcende adjetivos no quesito originalidade e surrealismo.

Se você gostou do excelente “Os Três Enterros de Melquíades Estrada”, estréia de Tommy Lee Jones na direção, em 2005, leve em consideração que ele não chega perto do efeito de “El Topo”, uma de suas maiores inspirações e hoje um clássico indiscutível do cinema underground.

Outro exemplo: "Duna", rodado pelo igualmente venerável David Lynch, seria em princípio dirigido pelo chileno - com trilha sonora do Pink Floyd e colaborações de Salvador Dalí e Orson Welles.

Para completar as referências: seu maior parceiro na criação de histórias em quadrinhos foi o incontestável Moebius.

De volta ao cinema (ele está em fase de produção de “King Shot”, após 17 anos sem fazer um longa), Jodorowsky acaba de passar pelo País em um festival realizado pelo Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Quem viu, viu.

Acesse: www.alejandro-jodorowsky.com

Alisson Avila