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Comunicação impressa

Indústria gráfica estuda opinião pública sobre o setor

15.10.14


A Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) e a campanha Two Sides Brasil, que tem como objetivo informar ao público em geral os conceitos de sustentabilidade embarcados atualmente no setor de papel e impressão, apresentaram a pesquisa “Opinião sobre a comunicação impressa”, realizada pelo instituto Datafolha. O levantamento ouviu 2.074 pessoas acima de 16 anos, oriunda de 135 municípios.



Entre os principais dados apurados, o estudo indica que a preferência por livros (59%), revistas (56%) e cartas impressas (55%) ainda é característica. Os que preferem as mesmas soluções no digital respondem por 35%, 37% e 38%, respectivamente.



Para acesso ao meio jornal, porém, a equação já aparece mais igualitária, com 48% preferindo o digital e 46% o impresso. Ainda assim, questionados sobre o hábito, 80% afirmam que ler em papel é mais agradável que em uma tela. Já Para a conservação de documentos importantes, o impresso é preferido por 82% dos respondentes.



“Os principais números comprovam uma realidade que já intuíamos: o brasileiro prefere fazer suas leituras e comunicações em papel e também confia mais nessa mídia para conservar seus documentos importantes”, destaca Fabio Arruda Mortara, country manager da campanha Two Sides no País e presidente do Sindigraf-SP (Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo) – entidade que coordena a implementação da campanha, com apoio da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Aner (Associação Nacional dos Editores de Revistas) e outros representantes da cadeia do papel e da impressão.



Sobre a sustentabilidade, a importância da renovação de florestas para combater o aquecimento global e da reciclagem como característica de produtos sustentáveis é quase unânime: 95%. Porém, a população mostrou desconhecer o quanto do papel e papelão consumidos no Brasil são reciclados – 46%, segundo dados mais recentes da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel). Para 89% dos entrevistados, a extensão de áreas florestais diminuiu no País nos últimos 50 anos, mas a indústria de papel e celulose não figura entre as três atividades mais relacionadas a essa perda.



“Apenas 20% dos entrevistados já tinham visto alguma propaganda sobre a sustentabilidade do papel e da comunicação impressa. É fácil inferir que faltam informações confiáveis, o que deixa brechas para mitos que alimentam a prática de greenwashing, quando empresas preocupadas em reduzir seus custos recorrem a argumentos supostamente ecológicos para cessar o envio de extratos, boletos e outras correspondências de interesse do consumidor. Temos a missão de desconstruir esses mitos”, disse Mortara, reforçando o papel da campanha Two Sides no Brasil.


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