Comunicado

À respeito do desligamento da Play it Again da Aprosom (leia aqui), o presidente da entidade, Maurício Tagliari, posicionou-se, por meio de comunicado. Leia abaixo, na íntegra.

"É com decepção e estarrecimento que lemos no Clubeonline a declaração do sr. Arthur Minassian referente ao desligamento de sua empresa da nossa entidade.

Cremos que a saída da Play it Again seja uma decisão de foro íntimo, por divergências administrativas ou até mesmo pessoais. Nós da Aprosom jamais levaríamos tais questões ao conhecimento público pois estamos convencidos que só a união pode fazer a diferença. Mas não podemos ignorar tal atitude.

Cumpre-me esclarecer que fui convidado a assumir este desafio da presidência da APROSOM pela diretoria anterior, presidida justamente por ele. Confesso que relutei em aceitar e só o fiz pois vi uma oportunidade de contribuir efetivamente com nossa categoria num momento de grandes mudanças do mercado.

Diferenças de estilo gerencial não deveriam de modo algum ser  motivo para desligamento de um associado tão antigo e importante. Divergências devem ser debatidas e superadas mas a convivência democrática, sendo uma prática que demanda muita paciência e dedicação, em alguns casos é preterida em favor da opção do abandono do diálogo ou do enfrentamento midiático.

Respeitamos sua decisão, e mais do que isso, sabemos que ele precisa de tempo para se dedicar à sua empresa e ao sindicato que preside. Mas temos que responder à sua declaração ao menos no que diz respeito à frase 'trilhas brancas na web, ou seja, de fonogramas para download via internet, de forma gratuita'.

Não vemos onde possa existir divergência aqui. Caminhamos juntos na luta para coibir a prática de downloads ilegais. A aproximação da Aprosom com a Apro, e principalmente com seu projeto FilmBrazil propiciou encontros e debates com autoridades governamentais e profissionais internacionais para juntos pensarmos em como lidar com esta realidade.

Além de presidir a Aprosom, faço parte , junto com nosso colega Thomas Roth , da diretoria da ABMI (Associação Brasileira de Música Independente), que entre outras coisas, promove a luta inclusive no nível global contra o não pagamento de direitos para compositores, artistas, produtores e qualquer utilização indevida de fonogramas publicitários ou não. Criação, produção e concessão de direitos de uso são a base do nosso negócio. E todos sabemos que essa é uma luta mundial e não paroquial.

Entretanto não podemos fechar os olhos aos novos modelos de divulgação e distribuição de fonogramas , filmes, games,etc... num universo que inclui empresas que oferecem conteúdo, musical ou não, gratuito. Pensamos que cada empresa tem o direito de, dentro da lei e da ética, buscar seu caminho no mercado. Vide o último álbum do Radiohead.

Estamos, e permaneceremos sempre, buscando formas de proteção a cada um dos nossos associados. Este é o nosso papel e será cumprido com seriedade, de forma transparente e democrática."

Maurício Tagliari
Presidente Aprosom

Comentários

Ricardo Oliveira - Até porquê - bandas de sucesso mundial estão hoje usando a rede para sua música - vide o q Radiohead acabou de fazer... Abra os olhos Tula - não os feche para a realidade.