Conar

Os conselheiros do Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) decidiram, semana passada, pelo arquivamento do processo contra campanha da própria entidade, criada pela AlmapBBDO, e que brinca com reclamações exageradas de alguns consumidores (leia aqui).

A entidade recebeu cerca de 100 e-mails com queixas sobre os filmes (leia e assista aqui). Foram basicamente três tipos de reclamações: primeiro, pessoas que consideraram que havia um "desmerecimento à figura do palhaço", e que a atividade desse profissional aparecia de forma "ridicularizada" em um dos comerciais.

Segundo: foi apontado que a campanha desvalorizava, de maneira geral, aqueles que fazem quaisquer tipos de reclamações relacionadas ao consumo em geral.

Por fim, o teor do último grupo de queixas tem foco no filme "Feijoada", dizendo que o enredo "desmerecia as pessoas que lutam pela igualdade de gênero".

O relator deste caso, um representante da sociedade civil, considerou que, da forma como os filmes foram articulados, ficava claro que se tratava de um exagero humorístico. Dessa forma, a campanha não daria margem para interpretações equivocadas do público. Por essa razão, ele votou pelo arquivamento do processo, assim como todos os conselheiros presentes na reunião.

Essa não foi a primeira vez que o Conar julgou uma campanha aprovada pela própria entidade. Em 2002, o Conselho de Ética avaliou comunicação criada pela Talent e, na ocasião, os conselheiros também votaram pelo arquivamento do caso.