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Bombril é advertida por Krespinha
O Conselho de Ética do Conar decidiu, por unanimidade, advertir a Bombril e recomendar a sustação de publicidade para o produto Krespinha, uma esponja de aço que estava no mercado havia 70 anos, conforme a fabricante.
Em junho, uma postagem feita em rede social atraiu a atenção dos internautas, que inundaram o Twitter com forte críticas à Bombril por racismo. Diante da intensidade da repercussão, a empresa divulgou que iria retirar a marca Krespinha do seu portfólio, mas informou que não se tratava de um produto novo ou de reposicionamento.
O Conar recebeu mais de 1.800 reclamações. Entre elas, estava uma ação do Movimento Nacional de Direitos Humanos. Uma representação também foi encaminhada à entidade por uma frente parlamentar de deputados negros. No julgamento do caso no Conar, realizado na terça-feira 18, a deputada federal Áurea Carolina (PSOL/MG), uma das signatárias, esteve presente, bem como um advogado representando o movimento.
A decisão, em primeira instância, do caso "Bombril - Krespinha e Krespinha - Ideal para limpeza pesada", foi de “sustação agravada por advertência” ao anunciante. A relatora Camila Moreira apontou que faltou à publicidade o sentido de responsabilidade social. Além disso, não foi respeitada uma das recomendações do Código Nacional de Autorregulamentação Publicitária: não estimular preconceito.
Como a Bombril havia decidido retirar o produto do mercado e não há mais publicidade da marca, não será preciso retirar campanhas dos ar. De todo modo, a companhia tem 30 dias para recorrer da decisão.