Acesso exclusivo para sócios corporativos

Ainda não é Sócio do Clube de Criação? Associe-se agora!
Acesso exclusivo para sócios corporativos
Ainda não é Sócio do Clube de Criação? Associe-se agora!
Publishers defendem união do setor para garantir independência
Os publishers de quatro dos principais jornais do Brasil - Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo, O Globo e Zero Hora estiveram juntos, em palestra realizada no encerramento do 10º Congresso Brasileiro de Jornais, nesta terça-feira (19), em São Paulo.
Francisco Mesquita Neto, de O Estado de S.Paulo, afirmou que no atual momento, o mais importante é a união do setor. Talvez, o que mais prejudicou os jornais no passado foi a forma como eles se apresentam comercialmente ao mercado. Acho que as novas iniciativas vão facilitar o restabelecimento do tripé do mercado, formado por anunciantes, agências e jornais, afirmou.
João Roberto Marinho, das organizações Globo, defendeu que hoje a percepção predominante é a de que, na geleia de informação e desinformação característica do meio digital, as oportunidades são maiores que as ameaças para empresas de mídia com marcas de credibilidade, acostumadas a desconfiar da informação e a checá-la. Os jornais são grandes exemplos, disse Marinho.
A internet significa uma forma diferente de distribuir a notícia. Nunca atingiu o jornalismo na sua essência, na sua integridade, disse Luiz Frias, presidente do grupo Folha, para quem o principal patrimônio dos jornais continua a ser o pluralismo e a independência.
O modelo de negócio tradicional, que permitiu e financiou o jornalismo independente, é que sofreu abalos, pontuou Frias. Mas esse abalo não deverá perdurar, na visão do executivo. Os jornais avançaram muito nessa busca por modelo correto de negócios. Há experiências exitosas, aqui e lá fora, de que podemos construir carteiras de assinantes que poderão ser maiores que as do passado, afirmou, fazendo referência ao paywall. Ele afirmou ainda que a Folha tem hoje 150 mil assinantes digitais.
Para Nelson Sirotsky, presidente do conselho de administração do grupo RBS, a união dos jornais hoje é importante por buscar o fortalecimento da independência financeira do meio que, em última análise, "sustenta a independência editorial, a pluralidade e a democracia brasileira."
Quando nos unimos para reforçar a relevância do meio e criamos ferramentas para garantir a independência econômica, estamos garantindo de certa forma a liberdade de expressão. Nossos veículos vêm perdendo ano após ano participação no bolo publicitário. Estamos próximos de sair dos dois dígitos. Precisamos reverter essa situação, disse. Por isso, este é sim um momento histórico, que exige medidas concretas para assegurar a continuidade econômica das nossas atividades e, como conseqüência, do bom jornalismo.
Leia mais sobre as iniciativas da ANJ com o objetivo de fortalecer o meio jornal aqui.