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Cría Cuervos, Carmen…

Carlos Saura nos deixa aos 91 anos

Carlos Saura faleceu nesta sexta, 10 de fevereiro (Crédito: Reprodução RTVE)

10.02.23

Carlos Saura, de 91 anos, cuja obra cinematográfica inclui longas como Cría cuervos; Carmen, Bodas de sangue, Amor Bruxo (uma trilogia); Elisa vida minha e Peppermint frappéé, morreu nesta sexta-feira, 10. O diretor espanhol foi influenciado por, dentre outros nomes, García Lorca, Luis Buñuel, e também pela música flamenca.

Nascido numa família abastada, em 4 de janeiro de 1932, Saura tinha mãe pianista e um dos irmãos, pintor. Passou a infância sob a Guerra Civil Espanhola e a adolescência sob a repressão franquista. Trocou a Engenharia pela Fotografia, e, aos 19 anos, expôs pela primeira vez em Madri.

Seu diploma de Cinema saiu em 1957 e sua carreira começou em 1959. A partir do início dos anos 1970, obteve consagração internacional, com Jardim das delícias e Ana e os lobos. Em 1974, foi premiado em Cannes por La prima Angélica. Em 1976, por Cría cuervos.

Em seus longas, o diretor criticou sem descanso a ditadura, a burguesia (da qual sua família era oriunda), os dogmas e a repressão. Fazia o chamado cinema de reflexão, com foco na realidade social.

Dentre seus cerca de 40 filmes, estão ainda Táxi, crônica sobre a intolerância racial na Europa; Tango, uma história de amor; e Goya, inspirado na vida e obra de um dos principais nomes da pintura espanhola.

Saura teve quatro esposas, dentre elas Geraldine Chaplin, filha de Charles Chaplin e atriz em Cría cuervos.

Obteve duas indicações ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, com Mamãe faz cem anos, em 1979, e Carmen, em 1983. Ganhou um Urso de Ouro em Berlim por Depressa, depressa, de 1981.

Descanse em paz entre negativos, câmeras, projetores e moviolas.

 

Carlos Saura faleceu nesta sexta, 10 de fevereiro (Crédito: Reprodução RTVE)

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