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Publicis Noruega recria logo da ONU
Realizada em Dubai, a COP28, a 28ª conferência do clima da ONU, terminou com um acordo que foi considerado “histórico” por alguns especialistas por apelar aos países para que abandonem os combustíveis fósseis nos sistemas energéticos e atingir o zero líquido até 2050. Mas o texto desagradou ativistas como a sueca Greta Thunberg por ser “ineficaz”.
Para os críticos, os termos do acordo não atendem a urgência necessária para promover transformações significativas. Não foi incluída, por exemplo, a proposta de "eliminação progressiva" do consumo de combustíveis fósseis. Na opinião de Greta, o texto aprovado “não chega nem perto de ser suficiente para nos manter dentro do limite de aquecimento de 1,5 grau”, referindo-se aos níveis pré-industriais.
Um trabalho desenvolvido pela Publicis Noruega procurou representar os riscos da crise climática para o planeta por meio de mudanças no logo da ONU. O projeto foi pensado para sensibilizar os líderes que estiveram na COP-28, no entanto ele continua válido, por chamar atenção para os problemas que virão com os aumentos da temperatura e do nível do mar.
A recriação do logo se baseia nas previsões da ONU para o cenário global em 2100, se a temperatura subir 2,9 graus. Com isso, regiões como as Maldivas iriam desaparecer. Os criativos da Publicis Noruega trataram de apagar o país insular representado no logo da organização, lançado em 1946.
Entre as consequências representadas no redesign estão retração da baía de Bengala, capital da Tailândia (Bangkok) engolida pelo mar, diminuição massiva das Bahamas, desaparecimento de uma região fértil do Vietnã e redefinição da costa marítima dos EUA. Elas podem ser vistas no vídeo criado para o projeto (mais abaixo).
“Enquanto o logo continua o mesmo há 77 anos, o mundo já não é. Com a ONU prevendo um aumento dramático no nível do mar devido ao aumento das temperaturas em 2,9 graus, muitos de nós teremos de enfrentar a realidade de que nossas terras natais estão sendo arrasadas pelas águas”, pontua o projeto.
Segundo a Publicis Noruega, “quase 900 milhões de pessoas vivem em zonas costeiras vulneráveis”. Muitas delas terão de deixar suas terra e procurar moradia em outros locais até 2100, como refugiadas. A perda de massa terrestre, nas proporções dessa elevação de temperatura, “afetará dramaticamente a economia, bem como a segurança alimentar global”.
“Nossa iniciativa é um lembrete de que estes não são cenários distantes, hipotéticos. Esta é a realidade que já enfrentamos”, diz o texto da petição online que acompanha o projeto.
As diretrizes que nortearam o redesign do logo – feitas e justificadas com as previsões da ONU – estão disponíveis em um guia, aqui.