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O que você está lendo e vale indicar? Veja + respostas
No Dia Internacional do Livro, combinado com o confinamento por causa da pandemia, nada melhor do que receber inspiração para novas leituras. Pensando nisso, o Clubeonline ouviu alguns profissionais do mercado para saber o que eles andam lendo e por que vale indicar. Espie e prepare sua próxima compra. Além de funcionar como fôlego para quem for ler, as livrarias e editoras agradecem. Abaixo, mais algumas dicas. A primeira leva com sugestões pode ser conferida aqui.
1 - "Dar e receber", de Adam Grant.
"O livro trata de algo em que acredito muito e tento praticar todos os dias: 'por que ajudar os outros impulsiona o nosso sucesso'. Ele nos mostra diferentes formas de encarar desafios do dia-a-dia e traz exemplos sobre como nos tornamos bem sucedidos - em todos os sentidos e ainda mais a longo prazo - ao estarmos disponíveis ao outro. Doar-se faz bem para os relacionamentos, agrega valor a nossa vida e a dos outros, afeta positivamente nossa comunidade, cria laços mais duradouros e nos traz senso de propósito. Duas lições que ficaram pra mim dessa leitura: 1. Ser doador é uma decisão consciente e racional, sim; 2. Líderes que se doam constroem times mais unidos e capazes de gerar impactos ainda maiores. Vamos refletir a respeito?"
Fabiana Manfredi, diretora de vendas responsável por agências e novos negócios no Twitter Brasil
2 - "Longa pétala de mar", de Isabel Allende.
"Esse é o novo livro de Isabel Allende, escritora chilena que está entre as minhas preferidas. Percorre a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Mundial, depois o Golpe Militar no Chile e tem como um dos personagens o poeta Pablo Neruda. Adoro esse estilo de literatura, que une ficção e história. Em um de seus poemas, Neruda chama sua terra natal de 'longa pétala de mar e vinho e neve', inspiração para o nome da obra. Lindo né?"
Rodolfo Sampaio, sócio da Moma
3 - "O Monstro das cores", de Anna Llenas.
"Sou pai do Bernardo, de quatro anos, e da Lara, de sete meses, e se no momento é difícil controlar as emoções, imagine a dos pequenos. Por isso, o meu livro é um livro deles, se chama “O Monstro das cores”. É a história de um monstrinho que faz uma bagunça com as emoções e precisa desembolar tudo. E sugere de uma forma lúdica e linda de como a criança pode pôr em ordem a alegria, a tristeza, a raiva, o medo e a calma. E quer saber? Pra quem não tem filhos, acho que também vale a mensagem ;)"
Henrique Del Lama, diretor de criação da AlmapBBDO
4 - "Sobrevivendo no inferno", de Racionais MC's.
"'Sobrevivendo no Inferno' foi um disco que mudou a minha vida, como tenho certeza que mudou a vida de outros jovens em outras favelas. Esse livro reúne as letras do disco, precedidas por um texto de apresentação. Leio, releio e cada vez mergulho mais na densidade estética e na construção do ponto de vista periférico dessas letras. Ler esse livro é uma experiência importante para perceber esses detalhes. É poeticamente brilhante. Nesse momento de repensar o 'normal', nada como revisitar o evangelho marginal de Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e KL Jay."
Felipe Silva, redator da Y&R
5 - "Reconhecimento de padrões", de William Gibson.
"Estou relendo esse livro de 2003 porque William Gibson é um dos meus autores favoritos e, como na maioria dos seus livros, este dá pistas do que iria acontecer no futuro. A personagem principal é uma consultora de branding que tem aversão a logos e marcas. Ele previu neste livro muito do que seria o marketing de influência e o estudo de dados que são tão comuns hoje. É uma história instigante, mas leve, boa para dar uma relaxada nestes tempos de 'dias da marmota'".
Fabio Simões, ECD da FCB Brasil
6 - "A Uruguaia", de Pedro Mairal.
7 - "Uma noite com Sabrina Love", de Pedro Mairal.
"Acabo de ler 'A Uruguaia' e 'Uma noite com Sabrina Love' na mesma velocidade com que o vírus se espalhou. Pedro Mairal tem uma escrita invejável, rápida, leve e instigante. Recomendo para desviar a atenção da pandemia e silenciar um pouco a ansiedade."
Marcelo Reis, co-CEO e CCO da Leo Burnett Tailor Made
8 - "Sagmeister & Walsh: beauty", de Stefan Sagmeister e Jessica Walsh.
"Stephan Sagmeister é um dos designers mais importantes da atualidade. Nesse seu último livro, ele e sua (ex) sócia Jessica Walsh debatem sobre o que é beleza e qual impacto que ela tem em nossas vidas. Não somente um livro para ler, e pensar, mas para devorar com os olhos, dado seu belíssimo design."
Ricardo Leme, head of art da Ogilvy
9 - "Hibisco roxo", de Chimamanda Ngozi Adichie.
10 - "Uma noite com Sabrina Love", de Pedro Mairal.
"Nessa fase de quarentena, eu indico dois livros: 'Hibisco roxo', da Companhia das Letras, escrito por Chimamanda Ngozi Adichie, uma autora nigeriana feminista incrível. E 'Uma noite com Sabrina Love', da Editora Todavia, escrito pelo autor argentino Pedro Mairal. Recomendo. Acabei de ler as duas obras."
Luiz Villaça, sócio e diretor de cena da Café Royal
11 - "A conquista da felicidade" ("The happiness hypothesis: finding modern truth in ancient wisdom"), de Jonathan Haidt.
"Livro de psicologia que sintetiza e cruza de maneira genial os conselhos de pensadores do passado sobre como viver, com os pensamentos dos psicólogos modernos sobre como ter uma mente saudável. Consegue investigar a condição humana de maneira leve e divertida, com profundidade e rigor científico. Perfeito para tempos de isolamento social!"
Michel Tikhomiroff, sócio e diretor artístico da Mixer
12 - "Norma Bengell" (autobiografia).
"Sou fã de biografias, todas elas. As autorizadas, as não autorizadas e até as inventadas. Ler Norma Bengell, a autobiografia dessa atriz, diretora e empresária do cinema e das artes em geral me fascinou. Ela foi sex symbol, musa no cinema e no teatro. Também cantava, escrevia, cozinhava e fazia tudo que pode ser entendido como viver intensamente. Pessoa de muitas histórias, diferentes facetas e muitos amigos. Inspiração tanto sobre como fazer quanto sobre como não fazer as coisas. O livro é ricamente ilustrado, o que considero um bônus."
Marcelo Affini, diretor geral da Casa do Bom Conteúdo
13 - "Uma confraria de tolos" ("A confederacy of dunces"), de John Kennedy Toole.
"O último livro que terminei nessa pandemia foi 'A confederacy of dunces' ('Uma confraria de tolos'), do John Kennedy Toole, que apesar de ter sido publicado em 1980, retrata bem através do protagonista um determinado tipo de pessoa que vemos por aí até hoje: os famosos 'criados no carpete'.
14 - "A arte e ciência de roubar galinhas", de João Ubaldo Ribeiro.
"Agora, estou relendo 'A Arte e Ciência de roubar galinhas', do João Ubaldo Ribeiro. Um dos melhores e mais engraçados livros de crônicas que já li. E convenhamos, 'engraçado' anda cada dia mais importante."
Fernando Duarte, diretor de criação da AlmapBBDO
15 - “O talismã”, de Stephen King e Peter Straub.
“Estou lendo 'O Talismã', publicado em 1983 e escrito por dois escritores mestres do terror e suspense. Adoro Stephen King, ele consegue te transportar para um mundo de fantasias e, pra mim, isso tem sido ótimo nesses momentos de confinamento.”
16 - “Ano um”, de Nora Roberts.
“Antes de me mudar para minha atual casa, estava lendo 'Ano Um'. Não terminei porque não consigo encontrá-lo em meio a tantas caixas que ainda estão no caminho. A história começa no Ano Novo, uma doença se alastra e, em questão de pouco tempo, tudo começa a entrar em colapso e a metade da população é dizimada. Então, as pessoas começam a descobrir poderes especiais e uma transformação no mundo passa a acontecer".
Guilherme Serato, diretor de arte da Talent Marcel
17 - “Um artista da fome”, de Franz Kafka.
“É um livro editado várias vezes, sozinho, em um livreto ou em forma de conto em coletâneas do Kafka. Gosto tanto do texto, que a Void – minha editora – fez um projeto/livro em fascículos sobre este livro/texto.”
João Linneu, editor e curador da Void
18 - "Na Raça", de Maria Luíza Filgueiras.
“É um livro sobre Guilherme Benchimol, fundador da XP, que é inspirador para todo empreendedor que quer ter sucesso, mas que precisa entender, ainda mais em tempos de pandemia, que empreender significa apanhar todos os dias, perder muitas batalhas, porém, acima de tudo, nunca deixar de acreditar, investir e ousar para chegar no seu objetivo. Todo dia você terá pelo menos uma decisão difícil para tomar e um soco bem dado para aguentar. E é a soma dessa resiliência diária que faz você chegar lá”.
Ton Santos, sócio e CEO da Agência Newton
19 - "Por que amamos cachorros, comemos porcos e vestimos vacas", de Melanie Joy
"Melanie Joy investiga de forma brilhante e inovadora por que nós estamos tão dispostos a comer certos animais enquanto jamais sonharíamos em comer outros. Nossa disposição para fazer isso só existe porque negamos a realidade. Mais do que uma reflexão sobre a nossa relação com os animais e o meio ambiente, sobre o quanto somos intolerantes com hábitos alimentares de outras culturas, como a China, por exemplo, e como não percebemos os nossos próprios hábitos, o pano de fundo é como que a comunicação e a frequência são poderosas em construir narrativas e hábitos, sem falar em repúdio e preconceito. Vivemos tempos em que o algoritmo escolhe o que devemos ver, criamos uma sociedade mais polarizada a cada dia e a necessidade de marcas e grupos defenderem as suas ideologias e mostrarem seu ponto de vista é fundamental. A formação do convencimento do indivíduo deve passar por conhecer os lados e escolher. O que acontece muitas vezes é que só um lado é apresentado e nem sempre de forma transparente."
Marcos Chehab, CEO da Pod360