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Um dinossauro na Assembleia Geral da ONU
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) levou um convidado especial para a sede da ONU, em Nova York. Enquanto as pessoas se ajeitam na icônica sala da Assembleia Geral, no corredor uma figura vai surgindo. Para espanto – e terror – de todos, é um dinossauro. E carnívoro.
A cena faz parte do filme “Don’t Choose Extinction”, criação da Activista Los Angeles, agência liderada por Beto Fernandez e Paco Conde; de David Litt (redator de discursos de Barack Obama) e Framestore (estúdio por trás de franquias como James Bond, Guardiães da Galáxia e Vingadores). A campanha do PNUD, a maior em sua história, ataca diretamente o tema da crise climática.
A ação visa chamar a atenção da população para subsídios dados a combustíveis fósseis e como isso está anulando a luta contra a mudança climática e impulsionando a desigualdade ao beneficiar ricos. Para isso, a campanha apresenta um número superlativo. Como parte da estratégia, o PNUD divulgou uma pesquisa mostrando que o mundo gasta espantosos US$ 423 bilhões anualmente para subsidiar combustíveis fósseis.
No filme criado para o programa da ONU, o carnívoro avança pelo corredor e se dirige ao púlpito. Ele parece quase pronto para devorar um funcionário quando o dinossauro pergunta se ele está bem, se precisa de um minuto. É o ator Jack Black que dá voz ao animal, que tem o nome de Frankie the Dino.
“Ouçam-me. Eu sei uma ou duas coisas sobre extinção”, começa. “Pode parecer meio óbvio, mas ser extinto é uma coisa ruim”, emenda. “Pelo menos nós tínhamos um asteroide”, avisa. "Qual é a desculpa de vocês?"
Frankie prossegue, dizendo como o apoio financeiro aos combustíveis fósseis por meio de subsídios - dinheiro do contribuinte - é irracional e ilógico diante de uma tragédia climática. É como se eles tivessem feito investimentos bilionários em... asteroides.
“Pensem no que vocês poderiam fazer com todo esse dinheiro”, provoca. O dinossauro prossegue: “Vocês têm a grande oportunidade de reconstruir sua economia”. É aí que Frankie faz a sugestão que amarra a mensagem: “Não escolham a extinção. Salvem sua espécie antes que seja tarde”.
A voz de Black está na versão em inglês, mas outros atores participaram da campanha. Eiza González atua na versão em espanhol, Nikolaj Coster-Waldau, astro de Game of Thrones, fala em dinamarquês, e Aïssa Maïga, em francês.
Diversão, mas seriedade
De acordo com Ulrika Modéer, chefe do escritório de relações exteriores do PNUD, o filme é divertido e envolvente, “mas as questões de que fala não poderiam ser mais sérias. O secretário-geral da ONU chamou a crise climática de 'código vermelho para a humanidade'. Queremos que o filme seja divertido, mas também queremos aumentar a conscientização sobre o quão crítica é a situação”, explicou. É preciso intensificar as ações em torno da crise climática, destacou ele, para garantir um planeta mais seguro para as futuras gerações.
Este filme é o primeiro produzido no ambiente da Assembleia Geral da ONU com uso de CGI. O projeto contou com outras colaborações importantes. A Wunderman Thompson da Austrália, com criação liderada pelo brasileiro João Braga, e a Mindpool, da Dinamarca, ajudaram a desenvolver o ecossistema integrado da campanha, visando estimular soluções efetivas para a questão do clima. E Rachel Portman, primeira mulher a ganhar Oscar de trilha sonora por "Regras da Vida" (The Cider House Rules), fez a trilha do filme.
Para saber mais sobre a campanha basta acessar www.dontchooseextinction.com.