El Ojo de Iberoamérica 2015

Rob Reilly, global creative chairman do McCann Worldgroup, palestrou no fim da tarde da última quarta-feira (04), no El Ojo de Iberoamérica, na Argentina.

O título da apresentação era "La creatividad es la unica manera de sobrevivir". Ele iniciou falando do case criativo e transformador que é o Papa Francisco e sua trajetória até aqui, moderna, conectada e legítima, que tem gerado ótimos resultados na construção de sua própria marca e da igreja católica. "O Papa está indo muito bem como CEO da igreja católica e outros CEOs devem aprender com ele", disse Rob.

Depois falou de outro case, este para American Express, considerado por ele criativo e transformador, que impulsiona a economia norte-americana desde 2010, quando o país estava no olho da crise.

A missão era mudar a imagem do cartão, geralmente visto como para pessoas ricas e grandes corporações, e começar a atender e prestigiar pequenas empresas, criando, em contraponto a datas fortes do comércio norte-americano, como Black Friday e Cyber Monday, o Small Business Saturday (aqui), evento que segue até hoje incrementando a economia.

Rob também citou outros exemplos em que a força da criatividade fez a diferença até em situações adversas, como no caso do lançamento de uma nova fábrica de uma empresa que pegou fogo, a Campofrio, quando todos os ex-funcionários receberam tijolos com seus nomes e uma carta dizendo que estavam convidados a ir colocar o tijolo na nova fábrica e que seus empregos estavam garantidos.

Também citou o trabalho Nivea Doll (aqui), da FCB Brasil, do qual disse ser fã, e o case dos caminhões com telões para dar segurança às ultrapassagens, de Samsung (aqui). Para ele, ambos são exemplos de ideias com forte utilidade que constroem marcas.

Também destacou o movimento "Fake work will fuck you" e disse para que todos coloquem seu foco não em trabalhos cujo único objetivo seja ganhar prêmios, mas sim em trabalhos que resolvam problemas de verdade para clientes de fato. Esse é o verdadeiro desafio. E grandes resultados podem surgir em qualquer lugar do planeta, para clientes grandes ou pequenos, em agências grandes ou pequenas, com muita verba ou com quase nenhuma.

Citou "Dumb ways to die" (aqui), criado em uma agência de 40 funcionários, em Melbourne, em um departamento de oito pessoas, para cliente público e sem grana, que se tornou um dos cases mais premiados da história.

No final da palestra, Rob, como adiantamos por aqui, distribuiu bolas assinadas por grandes nomes da propaganda mundial aos participantes que fizeram perguntas.