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Patricia Muratori (Youtube) e Joana Mendes (CCSP)
O Clubeonline abriu um espaço para a troca de experiências, ideias, dúvidas e reflexões sobre a Mulher no mercado de comunicação.
Para isso, durante esta semana, montamos duplas, formadas por profissionais que nunca trabalharam juntas.
A experiência visa mostrar como e o quanto evoluímos e discutir para onde vamos.
O mais importante nesta proposta é a troca entre as profissionais convidadas. Para isso, elas tiveram liberdade de estabelecer duas perguntas para sua “dupla”. E responderam às duas questões encaminhadas por ela.
A série, que termina neste sábado, 12, conta com a participação de quatro mulheres da diretoria do Clube de Criação: Joana Mendes (presidente), Jessyca Silva, Thamara Pinheiro e Mariana Mendes. Elas integram a Chapa Preta, que venceu a eleição no ano passado.
Joana Mendes
Joana é presidente do Clube de Criação. Tem passagens por R/GA, onde era ACD, e pela F.biz, onde foi diretora de criação. É redatora publicitária há cerca de 15 anos. Em sua carreira, também trabalhou nas agências FCB, JWT, Lodduca, Africa e Artplan. Em 2012, foi a única brasileira a fazer parte da Young Lions Creative Academy.
As questões enviadas por Patricia Muratori e respondidas por Joana são:
Patricia - Você trouxe iniciativas pioneiras para o mercado, como o banco de imagens de mulheres negras, que eram ignoradas pelo setor, é mentora e líder no mercado de comunicação. Olhando para frente, qual legado você quer deixar?
Joana - Eu gostaria que houvesse mais espaço para mulheres negras e grupos minorizados no mercado.
Patricia - Você pode 'esfregar a lâmpada' e fazer três pedidos. Quais mudanças nosso mercado ainda precisa?
Joana - 1. Entender o papel do capitalismo, do patriarcado e do racismo no nosso dia a dia. 2. Pensar menos em prêmios e mais nas mudanças reais que a indústria poderia fazer. 3. Ter menos homens brancos em cargos de liderança.
Patrícia Muratori
Patrícia é diretora de parcerias no YouTube Brasil. Tem experiência nas áreas de branding, comercial, estratégias digitais, tecnologia e mídia. No YouTube, desenvolve projetos junto a variadas empresas e segmentos, como esportes, games, notícias, saúde, TV, aprendizado e entretenimento, além de fechar parcerias para o selo YouTube Originals. Antes, trabalhou por cinco anos no Google, liderando as áreas dirigidas para o varejo e para as empresas de telecom. Integrou por 13 anos a equipe da DM9DDB, tendo sido diretora de mídia. Atualmente, faz pós-graduação em Direitos Humanos e Sustentabilidade na PUC-RS, é membro da Google Disability Alliance e faz parte da Achilles International Brasil, entidade sem fins lucrativos que conecta voluntários e empodera pessoas com todo tipo de deficiência para que elas participem de esportes.
As questões enviadas por Joana Mendes e respondidas por Patrícia são:
Joana - Você acredita muito em mentoria e no poder de transformação dela. O que você acha que falta para o mercado se tornar um lugar mais justo?
Patrícia - Cresci em uma família e em um ambiente onde o apoio, a troca e a conexão verdadeira sempre foram valores fundamentais. A mentoria que faço com outras mulheres e com jovens da periferia mudaram minha forma de pensar. Essa mentoria se tornou um crescimento em uma via de duas mãos. Sinto que aprendo mais do que "ensino". Percebi que gosto de fazer isso: ajudar a construir novas pontes, criar mais caminhos, bifurcações e novas histórias. Acredito que o mercado possa fazer mais, muito mais. Como diz a Oprah Winfrey: "quando você aprender, ensine". A mentoria é um exemplo de alimentar o outro, de potencializar motores de troca e ser uma forma de gerar impacto real e contribuir para a sociedade e para a comunidade.
Joana - Como você "mentoraria" a Patrícia do começo de carreira?
Patrícia - Ah, essa pergunta é difícil! Até porque eu dei um trabalho danado… :) Mas eu adoraria ter escutado e observado mais. Logo no início da carreira, eu me sentia a dona de todas as verdades. Ter mentores ao longo da vida me ajudou a ver as oportunidades de forma mais ampla e entender que meu crescimento não precisava ser linear. Assim, passei a lidar com outros sentimentos, como frustração e ansiedade, de uma forma bem mais saudável. Por que começar do zero se podemos aprender com os acertos e erros dos outros?
Espie texto anterior da série, com Thamara Pinheiro (AUE / Gut) e Carol Saraiva (Walt Disney Company) aqui.