arrow_backVoltar

Evolução ESG

Estudo da Globo aponta urgência de ações disruptivas

25.03.22

A agenda ESG, de Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança) vem movendo as marcas. Atenta ao tema, a Globo lançou a pesquisa “Evolução ESG”, que traz um panorama histórico das pautas verdes e aponta tendências de ações.

Ao resgatar a história, o trabalho mostra a evolução do conceito de ecologia, passando para sustentabilidade e ESG – que nasceu em 2004. Nesse resgaste, são lembrados momentos como a Conferência de Estocolmo, em 1972, a aprovação do Protocolo de Kyoto, em 1997, e a COP26 de Glasgow, no ano passado.

O dossiê mostra como as pautas ESG não são novas. A questão é que elas são mais urgentes e interconectadas. O diagnóstico é que o mundo mais conectado está também complexo e polarizado, marcado por fake news e guerra de narrativas. Diante disso, há uma necessidade de ações concretas e disruptivas.

O estudo, que em breve estará na plataforma Gente, mapeia os sentimentos dos brasileiros durante a pandemia e as demandas mais atuais, acompanhadas de pesquisas quantitativas. Um dos insights relacionados aos problemas sociais que o Brasil é a percepção sobre corrupção, destacada como a principal dor coletiva no país. Em seguida estão desemprego, desigualdade social e violência e criminalidade.

Em relação aos impactos da pandemia, foi registrado que os sentimentos positivos aumentaram em janeiro para fevereiro de 2022, melhora que pode ser atribuída ao avanço da vacinação e até à diminuição de casos da variante Ômicron. O estudo revela que as mulheres continuam com mais sentimentos negativos do que os homens, sendo ansiedade e incerteza os maiores.

Para avaliar melhor os caminhos dentro da agenda ESG, cada letra da sigla foi desmembrada em duas macrotendências, seis microtendências e 18 ações práticas. Na letra E, a “Era da Regeneração” traz a importância de agregar novas tecnologias para ajudar na reversão dos danos ambientais. Entra também a “circularidade”, com o objetivo de repensar as maneiras de negócio e estabelecer novos formatos de se relacionar com a sociedade e natureza.

Para o S, de Social, o “poder das comunidades” se destaca como alternativa mais efetiva para atender as necessidades locais e marcar o “orgulho das origens”, como forma de abranger a multiplicidade de identidades. E o G, de Governança, sugere a “imersão revolucionária” pela busca constante por conhecimento e alinhamento com pautas contemporâneas. Outro conceito é “inclusão total”, visa fortalecer as aspirações de todos, considerando a diversidade de perspectivas, para alcançar uma sociedade equânime.

De acordo com o estudo, mesmo ao mapear tendências ESG, ainda se percebe uma maioria de ações com impactos incrementais. Porém, “o contexto atual urgente, acelerado e complexo nos demanda ações disruptivas, que precisam estar no topo da prioridade da agenda ESG”. Elas não são impossíveis, indica o dossiê, porém é importante entender como as marcas devem investir tempo e dinheiro nessas ações de “transformação sistêmica, coletiva e estruturante”.

A pesquisa “Evolução ESG” indica dez ações disruptivas, como fazer “gradualmente a troca do sistema de energia para outro mais sustentável e com fontes renováveis”, “realizar produções/ conteúdos a respeito da relevância de reviver e fortalecer a ancestralidade” e “criar processos de inclusão da geração Z para o treinamento da futura liderança” (veja mais no quadro acima).

Evolução ESG

/