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Bolsonaro estaria avaliando permanência de Fabio Wajngarten no governo
Segundo a Folha de S.Paulo, o presidente Jair Bolsonaro teria ficado incomodado com a repercussão de reportagem publicada pelo jornal nesta quarta-feira (15), leia aqui, que mostra possível conflito de interesses na atuação do chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Fabio Wajngarten. Ele é sócio da FW Comunicação e Marketing, que mantém contratos com diversas empresas de comunicação.
A Folha revelou que Wajngarten receberia, por meio desta empresa, dinheiro não só de emissoras televisivas, como Band e Record, mas também de agências de publicidade contratadas pela própria secretaria, ministérios e estatais do governo, como Artplan e Propeg.
A Secom é a responsável pela distribuição da verba de propaganda do Palácio do Planalto. No ano passado, gastou R$ 197 milhões em campanhas.
Bolsonaro teria passado o dia em conversas para decidir o futuro de Wajngarten, que nega irregularidades.
A preocupação teria começado depois de telefonema do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, que alertou o presidente sobre a gravidade do caso.
Mas, ao final do dia, depois do seu pronunciamento no canal oficial do governo, a TV Brasil 2, a situação estaria sendo considerada "sob controle", segundo interlocutores do presidente. A presença do superior hierárquico de Wajngarten, o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, no pronunciamento, teria sido lida como um apoio à permanência do chefe da Secom.
A legislação brasileira proíbe integrantes do governo de manter, por conflito de interesses, relação com empresas que possam ser afetadas por suas decisões. Situações de possível choque do interesse privado com o público devem ser informadas pelo próprio servidor ao governo.
Wajngarten assumiu o comando da Secom em abril de 2019.
O desgaste em torno do chefe da Secom chega em um momento que o governo já estaria trabalhando na reestruturação da área.
Leia matéria da Folha na íntegra aqui.