arrow_backVoltar

Fenapro

Federação defende mudanças na cobrança da Condecine

19.10.15

Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) alerta que a decisão do governo federal de elevar os valores da Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional) "terá forte impacto sobre os investimentos dos pequenos anunciantes em televisão, por encarecer fortemente a produção dos comerciais".

Pela lei, a taxa é obrigatória para veiculação de qualquer produto audiovisual, incluindo comerciais para TV aberta, TV por assinatura ou cinema.

"O aumento da Condecine chega em momento muito desfavorável para o mercado, e vai reduzir fortemente a capacidade dos pequenos anunciantes de utilizarem a TV em suas campanhas", afirma Glaucio Binder, presidente da Fenapro.

"Isto vai tirar do pequeno varejista uma importante ferramenta para levar ao consumidor suas ofertas e concentrará o poder de comunicação nas mãos das grandes redes de varejo, com forte impacto em termos de concorrência e competitividade dos pequenos”, pondera Binder.

O presidente da entidade acrescenta que, embora o reajuste do valor da taxa tenha sido feito de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o mercado está retraído e sem condições de absorver este aumento de uma única vez.

Além disso, o peso da Condecine sobre o orçamento da campanha de um pequeno anunciante é muito maior do que para um grande, visto que se trata de uma taxa única e não proporcional ao valor do investimento. "O peso da cobrança da taxa em uma grande produção é irrelevante, mas em uma produção pequena é gigante", explica.

Binder defende mudanças no formato de cobrança da taxa. "A Condecine poderia ter um valor proporcional ao do investimento em produção, inclusive com a criação de uma tabela progressiva para produções a partir de R$ 10 mil até aquelas acima de R$ 100 mil".

A taxa é cobrada apenas em locais que têm mais de 1 milhão de habitantes, mas Binder acredita que isto não reduz o impacto da contribuição, pois "há milhares de pequenos anunciantes instalados em cidades com população acima dessa faixa".

 

Fenapro

1/0