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Festival do CCSP 2013

Empreendedorismo na classe C, apoiado em doc e livro

27.09.13


A sala Conspiração recebeu na última tarde do Festival do CCSP uma roda de bate-papo para falar sobre a parcela da população brasileira que mais vem ganhando destaque no empreendedorismo do país: as classes C e D.



Formado pela jornalista Patricia Travassos, que lança no próximo mês o livro “Minha mãe é um negócio”; pelo produtor Sérgio Gagliardi, que realizou durante o evento a pré-estreia de seu longa-metragem “Qualé o seu negócio?” (saiba mais aqui); e pelo responsável pela divisão de microcrédito do banco Itaú, Eduardo C. Ferreira, o painel ressaltou ainda a importância de a publicidade – e a comunicação de forma geral – entender as necessidades desse público e conversar com ele de forma eficaz.



O fato de a ascensão das classes C e D não ter ocorrido somente em níveis econômicos foi ressaltado por Gagliardi. O produtor explica que essa estabilidade financeira fez com que muitas pessoas buscassem aprimorar sua educação formal, o que acarretou em consequências sociais mais profundas. “A partir do momento em que as pessoas se educam, elas passam a almejar outros objetivos profissionais como forma de melhorar suas condições de vida. Partir para novos negócios e empreender são meios para a conquista de seus desejos, e isso abre caminho para uma verdadeira revolução social”, comenta.



Ferreira, por sua vez, revelou que os empreendimentos liderados por mulheres já constituem cerca de 49% do índice desses novos negócios. Além disso, o especialista em microcrédito afirma que elas superam os homens no que diz respeito às chances de sobreviverem no mercado. “Em meu cotidiano profissional, percebo que as mulheres são mais avessas ao risco. Elas só empreendem quando já pensaram muito bem sobre o que irão fazer e têm certeza dos rumos que querem para seu negócio. Por isso, as chances de sucesso são maiores do que as dos homens, que ingressam no desconhecido com maior frequência”.



Ferreira destaca, no entanto, que elas ainda preferem empreender dentro de suas zonas de conforto. “Negócios liderados pelo público feminino fazem parte, geralmente, dos ramos culinários, de beleza ou de moda, assuntos que elas tinham como hobbies anteriormente”, concluiu.



Em relação à comunicação entre esse público e o mercado publicitário, Patricia acredita que o desligamento de 'pré-conceitos' seja a melhor maneira de estabelecer um relacionamento duradouro. “É preciso fugir das caricaturas. Não se pode achar que o contato com uma ou duas pessoas da classe C seja o suficiente para conhecer suas características e anseios. É preciso estar verdadeiramente inserido nessa realidade e não apenas visitar uma comunidade uma vez por ano”, aconselhou a jornalista.



Mariana Barbosa



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