Acesso exclusivo para sócios corporativos
Ainda não é Sócio do Clube de Criação? Associe-se agora!
Acesso exclusivo para sócios corporativos
Ainda não é Sócio do Clube de Criação? Associe-se agora!
Fernando Campos reforça papel do Clube como balizador do mercado
Em sua terceira edição, o Festival do CCSP se consolida como um evento que, cada vez mais, pretende trazer em sua programação conteúdos que agreguem conhecimento e discussões relevantes para o mercado publicitário brasileiro, ligados não apenas à publicidade, mas à economia criativa como um todo. Foi o que ressaltou Fernando Campos, presidente do Clube de Criação de São Paulo, durante o bate-papo inaugural do evento.
O Festival do CCSP acontece até a próxima segunda-feira (22/9), na Cinemateca Brasileira. O objetivo é que, em suas próximas edições, esta instituição de propagação da produção audiovisual seja a casa permanente do Festival. A terceira edição do Festival do CCSP se reafirma como um evento que traz conteúdos relevantes para o mercado, discutindo a profissão olho no olho´ com os profissionais da publicidade, traçando uma pauta limpa e necessária. Pretendemos realizar as próximas edições do Festival na Cinemateca, pois tem tudo a ver conosco, destacou Campos.
Segundo ele, as próximas edições do Festival do CCSP irão consolidar parcerias importantes, rumo à expansão da entidade no mercado publicitário global, como as já existentes com o Latin Spots e com o londrino D&AD. Em 2015, ano em que o CCSP completará 40 anos, pretendemos iniciar a transmissão em streaming do Festival para que os conteúdos do evento circulem não só pelo interior do Brasil como fora do país, disse o presidente do Clube.
O bate-papo também contou com as participações de Mário Borgneth, secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, e de Laís Prado, editora do CCSP e curadora do Festival. A nossa parceria com o Clube de Criação de São Paulo se consolida nesta edição. É óbvia a aproximação existente entre a publicidade e o universo da cultura. O segmento se constitui como o vetor mais importante na formação de comportamentos e valores, além de porta de entrada para as novas tecnologias audiovisuais, enfatizou Borgneth.
"Nossa preocupação, ao montar a grade de conteúdo do Festival, é ter gente que, de fato, tenha a contribuir, a trocar, a inflamar. Fugimos do modelo vigente no mercado da chamada 'cota-palestra', em que uma empresa paga para ter um palestrante na programação e vender seu peixe. Temos uma grade 'limpa' e nos orgulhamos muito disso. Todos os que subirem neste palco irão fazê-lo porque temos interesse em ouvi-los, não porque têm interesse em falar. E para viabilizar a vinda dos nomes que queremos ouvir, ou bancamos ou pedimos o apoio de empresas que possam viabilizar isso. Mas a mecânica nunca é ao contrário", destacou Laís.
Importantes nomes dos mercados publicitário e audiovisual, como Eduardo Lima (F/Nazca e ex-presidente do CCSP), Eduardo Martins (Talent), Fabio Seidl (Lapiz/Leo Burnett USA), Arício Fortes (Ogilvy), Paulo Queiróz (DM9DDB), Fernando Meirelles (O2 Filmes) e Andrea Siqueira (Africa Zero), além de Marcello Queiroz, diretor de redação do jornal Propmark, enviaram perguntas ao painel, sobre temas que estão na pauta do dia do universo da comunicação.
Questões sobre as metodologias das pesquisas, sempre demandadas pelo mercado anunciante, e a necessidade de se preservar a inovação, nas campanhas e ações, foram discutidas pelos participantes. Uma possível reunião com o Grupo de Planejamento, a respeito do tema, foi sugerida por Campos. Metodologias de pesquisa dão segurança ao anunciante, mas representam a morte da ruptura e da inovação. Deixo em aberto a proposta de um encontro com os profissionais do Grupo de Planejamento para aprofundarmos essa discussão, afirmou Campos. Neste sentido, Ricardo John, CCO da JWT, e profissional integrante da diretoria do CCSP, enfatizou a necessidade de se debater melhores formatos para as pesquisas, citando empresas que hoje testam e fazem alterações em sua comunicação com a campanha no ar, sem medo de arriscar. A nossa área não possui uma métrica específica. Por isso, algumas vezes, acaba tendo menos força para brigar pela inovação frente aos anunciantes, complementou John. Fernando ainda destacou que o que é criativo custa menos ao cliente, uma vez que é absorvido pelo consumidor muito mais rapidamente, o que significa gastos menores com mídia. "E uma das questões centrais, hoje, é o corte de custos. Vamos então cortar de forma inteligente e que traga resultados".
Campos também destacou a importância do audiovisual no processo de sedução e de criação de histórias, quando perguntado sobre o enfraquecimento da tv enquanto mídia e a possível morte do comercial de 30 segundos, no formato de hoje. A TV pode até morrer, mas o audiovisual, nunca. A história pode passar a ser contada em outras telas, na sua nuca, no seu relógio, o suporte não importa, o que é certo é que imagem e som não deixarão de ser relevantes jamais, finalizou Campos.
Leia mais sobre a abertura do Festival aqui.
Por Juliana Welling
Serviço:
Festival do Clube de Criação de São Paulo
Quando: dias 20, 21 e 22 de setembro (sábado, domingo e segunda-feira)
Onde: Cinemateca Brasileira - Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Clementino, em São Paulo
Dúvidas: 55 11 3030-9322
ccsp@ccsp.com.br
www.festivaldoccsp.com.br