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A categoria técnica e o palco
Desde que a categoria técnica voltou a ser premiada no Clube de Criação, existe uma polêmica não muito falada, um disse-me-disse, um zum zum zum. Quem sobe ao palco? De um lado, as produtoras reclamam que se o prêmio é de melhor edição, nada mais justo do que subir apenas o editor. Do outro lado, as agências dizem que essa é uma conquista conjunta, portanto é natural que o palco fique repleto. Um outro argumento é que as produtoras não inscrevem, portanto quem deve receber o prêmio é quem pagou a inscrição.
O Anuário é repleto de categorias que já premiam as agências. Desde o começo tem sido assim. Criativos são o destaque no prêmio, no palco e no índice remissivo. Logo, a razão da categoria técnica existir é premiar a categoria técnica. Jogar um holofote a quem muitas vezes está espremido entre tantos nomes na ficha técnica. É fundamental para o mercado reconhecer quem são os fotógrafos, montadores, maestros que fazem a diferença. Nesse sentido, a recomendação do Clube é de que na categoria técnica quem deve subir ao palco são os técnicos.
Como exemplo, podemos pegar as premiações de cinema. O produtor executivo (que pagou muito mais do que a inscrição) não sobe no palco na hora de premiar a melhor edição de som. Aquele é o momento do editor de som. O roteirista original (o criativo, por assim dizer) não sobe no palco na hora do melhor efeito especial. É a hora de uma outra pessoa brilhar. Mesmo no Festival de Cannes, é mais comum ver as produtoras do que as agências no palco na hora do craft.
Nesse sentido, o Clube de Criação tem uma recomendação. Não é uma lei marcial, nem uma penalidade. É um pedido, apenas. Que na categoria técnica, a prioridade seja da categoria técnica. “Ah, mas eu que paguei a inscrição”, dirão alguns. Bom, nesse caso, ajude-nos a convencer as produtoras de que é natural que eles inscrevam as suas peças. Seja mais um a fazer coro sobre o quão primordial é ter o mercado inteiro se sentindo parte do Clube.
O Anuário do Clube de Criação não existe por causa de um ranking. Ele foi criado 40 anos atrás para ser um importante registro do mercado e, porque não dizer, da história do nosso país. Não subir ao palco na hora de premiar a categoria técnica não é desmerecimento algum. É um reconhecimento merecido a um lado da ficha técnica que nem sempre é reconhecido. E, de novo, é só um pedido.
A diretoria do Clube de Criação