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Festival do Clube 2015

Marcos Medeiros: um paralelo entre skate e publicidade

23.09.15

A vida do skatista brasileiro Bob Burnquist tem muito a ensinar aos jovens que estão entrando agora no mercado publicitário. Foi isso o que mostrou Marcos Medeiros, sócio e CCO da Crispin Porter+Bogusky Brasil, durante a palestra “Criatividade e Fraturas”, apresentada neste domingo (20) no Festival do Clube de Criação. “Um comportamento simples e ao mesmo tempo criativo pode elevar toda uma categoria a um outro patamar”, ressaltou o publicitário assim que começou a traçar um paralelo entre os dois mundos.

Bob venceu a primeira competição da qual participou aos 13 anos e está no topo há 18 anos, façanha rara em qualquer segmento. Mas, para isso, precisou de muito treino. “A repetição leva à perfeição, quando estiver cansado comece de novo”, destacou Medeiros ao ressaltar que o skatista chegou a passar um ano tentando exaustivamente uma manobra difícil até conseguir completá-la.

O comportamento humilde de Bob, que mesmo machucado durante uma competição esperou para subir ao pódio e aplaudir o seu rival Sandro Dias, também foi reverenciado. “Não destrua uma ideia só porque ela não é sua. Isso é nocivo para mercado. Ninguém é genial 100% do tempo. Você não tem de estar certo o tempo todo”, afirmou.

Para Medeiros, a rivalidade saudável que o esportista mantém com outros skatistas, chegando até a treinar com concorrentes como Danny Way, acaba levando a um bem maior. “É preciso deixar a vaidade de lado para construir o benefício de todos.” E as novas rampas encaradas por eles podem ser vistas como novas categorias em festivais. “A possibilidade de ter novas rampas para treinar é boa para todo mundo. Isso estimula a pensar diferente.

O publicitário lembrou ainda que o medo pode ser um bom sentimento nos dois universos, já que leva a pessoa a tentar se superar. E comparou as incursões de Bob por outros esportes com as oportunidades que os publicitários têm de buscar novos caminhos. “Ele se enfiou em 'outras mídias' para melhorar o que sabe fazer de melhor. Uma mídia não mata a outra.

Por fim, Medeiros explicou alguns dos princípios que formam a filosofia da CP+B ("a ideia é o chefe", "o trabalho pertence a todo mundo", "seja justo", "deixe o ego de fora"...) e explicou porque decidiu lançar a agência no Brasil: “A gente quer fazer manobras que ninguém fez”.

Serviço:

Festival do Clube de Criação
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